Cinco Segundos
Doze de Fevereiro de dois mil e quinze,
dezoito horas e trinta e um minutos.
Eu estava exausta sentada em minha cadeira
escrevendo uma crítica.
Ela chegou com passo leves por trás e me abraçou.
Foram apenas cinco segundos.
Mas, foram os cinco segundos em que meu mundo parou.
Um abraço!
Cinco segundos!
Foram apenas cinco segundos.
Cinco preciosos segundos!
No primeiro, senti o seu perfume e o frescor de sua pele,
ela tinha acabado de tomar banho.
No segundo, senti sua pele quente e macia,
que por sinal estava cheia de energia nos conectando naquele momento.
No terceiro, senti seus cabelos úmidos escorregando sobre meus ombros.
Enquanto os pingos caiam sobre minhas pernas,
enquanto minha nuca arrepiava.
No quarto, senti seus lábios quentes
com hálito fresco beijando-me no rosto.
Era um beijo de paz e sinceridade!
No quinto, senti o mundo parar de girar,
minhas pernas tremerem e meu coração sacudir forte.
No quinto, senti meu corpo aquecer,
enquanto meu coração acelerava e meu rosto esfriava
por ter sentimentos recíprocos ao abraço dela.
Parece que no quinto segundo senti mais coisas,
como se o tempo pudesse acabar para sempre.
Então depois do quinto segundo, eu girei meu corpo levemente para o dela,
e inclinei meus braços em volta dos delas correspondendo-a.
Olhei para ela enquanto pegava suas mãos,
tocar nas mãos dela me faz sentir tão viva!
E num reflexo quase instantâneo , nossos olhares se cruzaram.
E eu me perdi.
Ela não sabe, mas eu sempre me perco quando olho nos olhos dela.
Eu sempre perco as palavras, e então a abraço.
Não tenho dúvidas.
Ela me enfeitiça.
Com este poema descrevo aquele momento.
Doze de Fevereiro de dois mil e quinze, dezoito horas e 32 minutos.
Fim do acontecimento.
Eu sorri, ela sorriu.
E o mundo que havia parado voltou a girar.
O céu se abriu.
E em cinco preciosos segundos ele fez eu me sentir viva
novamente só pelo simples fato dela existir naqueles cinco segundos comigo.
Por: Daniela Dias.