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Biblioteca de Fanzines

quarta-feira, 2 de março de 2016

Quando...

(Fui convidada pela Renier Bernardo a escrever um poema um dupla. Fiquei super grata com o convite. Achei desafiador e ao mesmo tempo fiquei muito ansiosa. Estou muito feliz com o resultado. E eis aí meu 1º poema em dupla.)

Quando…

Quando uma pessoa querida se vai.
Quando uma pessoa querida se vai!
Primeiro dói, depois dói, depois dói mais um pouco.
Depois de um tempo restam apenas lembranças e
uma saudade amarga que nos invade em brasas…

Depois quem ficou pra trás percebe o vazio, o escuro
e a falta que o outro que se foi.
Então dói mais um pouco!
Dói!
Fere, cicatriza, fere de novo…

Depois que uma pessoa querida se vai!
Tudo muda.
E a nostalgia nos visita diariamente.
Imagens, sons e aromas nos fazem lembrar algo
ou alguém que não voltará.
Não importa o quanto doa, as lamentações serão em vão…
O melhor será nos acostumarmos, e aceitarmos que o jogo é assim;
- Feito o efeito, o jogo precisa ser jogado…

Quando uma pessoa querida se vai, o que resta é continuar rezando.
Quem sabe nossa partida também faça alguém chorar?
O que resta é continuar rezando, esperando que nossa vida deixe um bom
legado para alguém que alguém possa se inspirar.
Quando uma pessoa querida se vai?
Quando uma pessoa querida se vai.
O nosso olhar vai além das ilusões…

Quando uma pessoa querida se vai, nossa alma se machuca por conta das transformações.
As dores latejam, incomodam, semelhantes às contrações.
O tempo passa e elas se intensificam, não amenizam, mas ensinam muito.
Quando…
Restam-nos saudades, memórias, sensações.
Esqueça as rimas, as capas morrem, o eterno é o conteúdo!
O eterno é o que fica quando uma pessoa querida se vai…

(Daniela Dias & Renier Bernardo)