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Biblioteca de Fanzines

segunda-feira, 21 de março de 2016

Daniela Dias Poetisa - Formiga


(Poema Narrativo)


Significado de Cansaço: Fadiga, canseira, fraqueza causada por exercício ou doença.
Significado de Cansado: Fatigado, afadigado, aborrecido, enfastiado.

(Poema Narrativo)

São 03h37min da manhã, está frio, e eu estou na sala.
Estou sentada em meu sofá vermelho, tomando um chá gelado sem açúcar.
Estou diante do meu quadro escuro, cansada!
Sinto cansaço e estou cansada...

Ouço o tic-tac do relógio de parede e também estou cansada disso.
Eu tenho um relógio de parede e ele não para!
Por ora, ele tem pilhas novas, mas chegará o momento em que as pilhas ficarão cansadas a ponto de se acabarem.
Então os ponteiros que agora me incomodam irão parar.
Mas quer saber o que mais me deixa cansada neste momento?
É o fato de que os outros ponteiros de todos os outros relógios não irão parar,
eles continuarão fazendo tic-tac...

Estou de pijama e meias,  cansada e sem pensar em algo bom para fazer.
Resolvi abandonar o cigarro algum tempo atrás, então tive que abandonar também
o vinho e o café por conta do cigarro e do seu ciclo vicioso.
Acontece que eu me cansei dos cigarros também...

Então, hoje eu vou escrever apenas que estou cansada!
Enquanto eu penso mil coisas inúteis que me deixam ainda mais cansada
vejo meus livros na estante.
Livros que eu comprei, livros que ganhei, livros que escrevi, livros que eu li,
livros que nunca lerei.
É tudo tão em vão!
Cansei-me disso também...

Estou cansada demais para ver razão lógica de tudo.
E tudo agora que se torna nada.
Só posso dizer que estou cansada de pertencer a este corpo.
Cansada de estar cansada!
Alma pesada...

E nem pense que este cansaço é algo estranho.
Quem nunca, não é mesmo?
Estou cansada de me prender nestas roupas,  de pentear os cabelos,
cansada de usar batons, de base no rosto, de brincos que combinem,
de sapatos confortáveis...
Estou cansada!

Sabe essas coisas obrigatórias?
Estou cansada de dormir e acordar, de comer e de sentir fome para comer de novo.
Estou cansada de piscar os olhos, de escovar os dentes, de menstruar.
Estou cansada...

Cansada de sorrir, cansada de secar lágrimas.
Estou cansada de abaixar e levantar os braços.
Cansada de ir e voltar, cansada de ter que fazer algo.
Estou cansada de cortar o cabelo, cansada de ele crescer, e eu ter que cortá-lo de novo.
Cansada!
Cansada no corpo, cansada na alma!
Cansada das dores de dentro e das dores de fora...

Estou cansada de trabalhar, comprar comida, cozinhar, mastigar, engolir e evacuar.
E trabalhar para comprar comida, cozinhar, mastigar, engolir e evacuar, tudo de novo.
Cansada de trabalhar, cansada de descansar.
Estou cansada de tantas coisas!
Da matéria, das pessoas, da metafísica, do ciclo vicioso da vida...

Da obrigação de fazer, por que tem que fazer.
São 05h41min da manhã, o ponteiro do tempo não para e isso me cansa!
Meu retrato na parede ao lado da professora soa bem.
Mas, se aquele retrato tivesse vida, ele estaria também cansado!
Alguma coisa está gritando dentro da minha cabeça.
Dizendo:
- Levante-se!
Mas, estou cansada demais para responder, então me recosto.
Olho para o teto.

Está tão frio!
Mesmo cansada, penso em tudo que eu queria ter feito e não fiz.
Penso em tudo o que não queria ter feito e fiz.
Penso em tudo o que eu fiz querendo ou não querendo que acabou me
deixando assim  tão cansada de mim.
Metáforas?
Também estou cansada delas.

Metamorfose.
Fecho meus olhos, ouço o relógio.
E isso também me deixa cansada, irritada!
Por que estou tão cansada?
Dobro minhas pernas, vejo um jogo baralho,  um pote de canetas que eu uso
pra escrever minhas tolices.
Porta retratos de coisas que fiz, coisas que me deixaram cansada.
Estou, não metaforicamente cansada, estou cansada.
Cansada mesmo...

Talvez se eu não tivesse usado tantos batons, ou fumado tantos cigarros,
talvez se eu não tivesse feito tantas viagens, ido a tantas festas, talvez se eu não tivesse comido tanto, se eu...
Será?
Não! Se eu não tivesse chorado tanto, trabalhado tanto!
Talvez eu não estivesse cansada.
Talvez.
Talvez se, eu tivesse!
Não!
Não sei, talvez!
Por certo, incerto, o relógio continua, tic-tac, tic-tac...

O sol apareceu, hoje é Domingo.
Vou me deitar.
Vou me deitar cansada de tudo mas acreditando no milagre da vida.
No milagre de dormir e acordar novamente pronta para viver todas as coisas
da matéria.
Novamente.
Nova mente.
Mente.
Acabei de me dar conta que estou cansada de tudo.
Mas, que ainda acredito em milagres!
Então, vou dormir pensando que não há como fugir.
Vou me preparar para todas as coisas que me deixam cansada.
Por que ainda estou acreditando em milagres!
E o ponteiro do relógio continua girando…

(Daniela Dias)


Volta!

Volta!

Olha, eu estou sempre sorrindo.
Mas cada sorriso é uma nova máscara.
Por que no fundo de mim, lá depois do falso sorriso
existe um poço profundo de lágrimas.
Sinto sua falta…

Como eu  poderia ser feliz?
Como, se você não existe mais aqui?
Eu preciso dizer, estou com saudades...
Ainda me pergunto, por que você foi embora  tão depressa?
Não tive tempo para...

Sinto sua falta!
E sentir sua falta está doendo.
Por favor!
Estou aqui de peito aberto.
Volta?
Volta!
Volta...

Olha, eu estou ouvindo a música que você amava.
Estou chorando feito um filhote que perdeu sua mãe.
Então, volta!
Tudo o que eu preciso é saber de você.
Tudo o que eu sinto em relativo a você...
Ah!Juro por todas as crenças, por todos os deuses, semi deuses
e por todo átomo presente no universo.
Eu só gostaria de saber de você...

Volta algum dia?
Volta?
Volta!
Eu.
Ah!
Por favor!
Apenas por um dia?
Por favor!
Só por um dia eu preciso respirar o seu ar.
E arrancar de mim esta saudade...

(Daniela Dias)


Admito!

( Aos que pretendem ler, peço que leiam com calma. Pois, escrevi esta poesia num momento de dor,)

Admito!

Estou com saudades e não sei o que fazer.
Não sei como dominar este sentimento.
Admito, não sei.
Admito…

Sinceramente?
Estou perdida sem o seu sorriso.
Eu, eu!
Eu daria tudo por um abraço de dois segundos!
Eu daria o mundo por um momento apenas!
Eu admito…

Não é segredo o meu amor por você!
Não é segredo a cor do sol  me lembrar
você, o seu sorriso e o seus cabelos.
Tudo em você reflete o amarelo.
Não é segredo esta saudade que me invade!
Admito.
Todos os dias eu me lembro de você…

Juro por todos os santos!
Juro por todos os deuses!
Juro por todas as religiões!
Juro por todos os cientistas!
Juro por todos os ateus!
Eu ainda…


Admito!
Sinto saudades!
Admito, eu preciso é saber de você.
Admito!
Admito!
Admito!
Eu ainda…

Eu parti e deixei você trás.
Admito, foi egoísta da minha parte.
Admito e não me orgulho.
Pois hoje somente eu sinto saudades.
Admito;
Ainda te amo…

(Daniela Dias)






Anoiteceu...

Aconteceu!

As palavras não farão você esquecer,
as palavras não farão a coisa toda mudar.
Eu sei!
Nada mudará.
Aconteceu!
Infelizmente aconteceu.
Aconteceu e não estávamos preparados…

Não estávamos, não estamos o fato que,
nunca estaremos preparados.
Ninguém está.
Quem suporta despedidas?
Quem suporta sentir dor?
É, aconteceu…

Não podemos imaginar a dor do outro, afinal,
não compreendemos nem com nossas próprias dores.
Aconteceu.
Acontece.
Acontecerá.
E como lidaremos com isso?
Como?

Em que conseguiremos nos confortar?
Nas boas lembranças?
Talvez.
Só talvez, por que sabemos que lembrar machuca mais.
Aconteceu.
Não teremos mais aqueles dos sorrisos, aqueles abraços, e…
Aconteceu.

Desejamos e desejaremos sempre que a dor passe.
Que a saudade se dissolva.
Mas sabemos que isso não acontecerá.
Sabemos que a dor não pode nem poderá ser compartilhada,
por que ela é intimamente nossa.

Chorar não mudou, não muda, nem mudará coisa alguma.
Mas aliviará quando esta for nossa única alternativa.
Aconteceu.
Infelizmente aconteceu.

Sabemos que o sentimento da perda é dor inexplicável,
e que palavras não são capazes de acalmá-las em nenhum momento.
Aconteceu.
A dor é dor e ponto.
E palavras serão apenas palavras e nada mais.
Saudade é que não deixaremos de sentir.

Força é o que iremos precisar sem fim.
Aconteceu…

(Daniela Dias)

Felicidade

Para alcançar a  tão sonhada felicidade
precisamos abandonar os falsos sorrisos, 
as mágoas, as mentiras e os desatinos.
Afinal, felicidade não é um destino.
Felicidade é uma construção diária…

 (Daniela Dias)


Intensidade

Existem muitas coisas e pessoas aos quais precisamos esquecer.
Existem muitas coisas e questões aos quais precisamos entender.
Existem muitas coisas e momentos que não podemos deixar de viver.
A palavra que define esta poesia, a palavra do dia:
- Intensidade…

Daniela Dias

Daniela Dias - Poetisa


Rotina

Se em meio a todo cúmulo de intimidade do dia a dia
o seu coração ainda bater forte por aquele alguém
que faz parte da sua rotina diária, pode ter certeza:
- É amor...

(Daniela Dias)



Daniela Dias - Poetisa


Rotina

Se em meio a todo cúmulo de intimidade do dia a dia
o seu coração ainda bater forte por aquele alguém
que faz parte da sua rotina diária, pode ter certeza:
- É amor...

(Daniela Dias)


Daniela Dias - Poetisa


Honestos

Precisamos ser honestos com as pequenas coisas,
para sermos capazes conviver honestamente com coisas grandes.

 (Daniela Dias)



Daniela Dias Poetisa


Daniela Dias - Poetisa


Amor inocente!

(Escrito para minha querida amiga Thauany)

Amor inocente!

Quando eu ainda era menina o mundo não era um lugar gigante.
E a inocência era meu maior tesouro.
Eu amava os raios do sol e o cheiro da chuva.
Eu amava ver as pequenas moitas de capim crescendo.
Eu esperava ansiosa pelo tal capim verdinho…

Eu esperava as moitas ficarem bem grandinhas só pra sentir o prazer de me deitar nelas.
Eu mergulhava naquele capim, rolava pra lá e pra cá sem medo de acontecimentos.
Sem preocupações com insetos ou bichos, sem arrependimento por ficar com o corpo
todo coçando.
Era um mergulho inocente!
Uma das melhoras sensações que eu sentia.
O cheiro das folhas amassadas ainda está impregnado nas paredes da minha memória.
Ah, o capim!
O capim fez parte da minha história…

A sensação de felicidade de me abraçar naquelas moitas verdinhas
era mesmo indescritível!
Deitar e rolar naquelas folhas verdinhas era o que me emocionava.
Era um mergulho inocente!
Ainda me lembro de minhas gargalhadas somadas as da minha irmã.
Acho que me lembro de vento por entre as folhas.
Era um mergulho inocente…

Minha ligação com aquele capim era tão grande,
 que de tão grande eu até o comia.
Eu amava o capim!
Não a ponto de comê-lo, mas o amava.
Era um amor inocente!

Comia-o por pura crendice, folclore, inocência, superstição.
Comia por acreditar que me traria sorte e que me livraria do tal chicote.
Era inocente!
Era lindo!
Era doce ter aquele coração.
Ai que saudade daquele tempo em que o mundo não era imensidão.
Ai que saudade de mim menina rolando no capim do Maranhão…

(Daniela Dias)



Sem saída...

Sem saída…

Eu não sei olhar não foto dela e não sentir.
Eu não sei lembrar de tudo e não sofrer.
Eu não consigo mais trocar uma palavra com ela…

No meio da minha mágoa eu perdi minha dignidade;
Eu choro constantemente e ela não pode me ouvir.
Ela provavelmente nem sabe que eu choro por causa dela.
Se ela soubesse é certo que não se importaria.

Eu sofro por não conseguir perdoá-la.
Eu sofro por não conseguir olhar pra ela como deveria.
Eu sofro por sentir apenas medo, mágoa, angústia e desprezo.
Eu sofro por que estou me tornando ela…

Estou fria, amarga, rancorosa e não consigo mudar.
Eu sofro quando me lembro que ela é parte de mim e que sou parte dela.
Ainda que nenhuma de nós queira essa ligação, ela existe e isso não pode ser negado.
Amá-la ou  perdoá-la são duas situações fora de cogitação!
Mas é certo também que apenas  eu me importo com o fato de ter todos estes sentimentos em relação a ela.
Ela mesma não faz questão, talvez por isso só eu esteja sofrendo.

Eu não sei olhar uma foto dela.
Eu não sei fingir que não estou sofrendo.
Eu queria ser além de um DNA.
Eu queria ser amada!
Mas como poderia se eu mesma não sei amá-la?
Estou frustrada.
Estou me tornando o que odeio nela…

(Daniela Dias)


(Sobre Nós)

(Sobre Nós)

Sábado a noite, eram duas da manhã.
Ela me puxou pela cintura, me abraçou com força!
Depois me soltou.

Depois segurou minhas mãos e me olhou fixamente nos olhos.
Depois sorriu com aqueles olhinhos pequenos dela.
Enquanto eu me perdia entre a energia do abraço,
do sorriso e o encanto dos furinhos daquelas bochechas
ela respirou fundo e me disse que eu quebrava todos os padrões dela.

Confesso! Fiquei sem graça.
Depois de quatro anos ela ainda me deixa assim.
Perguntei a ela se isso era muito ruim.
Então ela sorriu de novo e me disse não.
Disse que era maravilhoso eu quebrar os padrões dela.

Então é isso.
Eu quebro os padrões dela e ela fixa meus pés no chão,
enquanto eu sonho com um mondo fantástico ela me dá uma dose de realidade.
Por que meus pensamentos e meu mundo são tão aleatórios e inconstantes
que só tendo ela por perto eu consigo me manter séria e sóbria com os pés no chão.

Sei lá!
Não tenho certezas sobre a vida.
Mas tenho um leve pressentimento que essa divisão entre nós é amor.
É.
É amor…

(Daniela Dias)

Tempo


Preciso de um chá!

Preciso de um chá!

Às vezes eu me sinto frustrada, chateada e triste.
Viver está muito complicado.
Complexo!
Ninguém ama ninguém essa é a verdade.
O que se ama são as conveniências.
Por trás da internet nas telas de celulares e computadores as pessoas
se sentem praticamente invencíveis.
Humilham, xingam, distorcem o que vêem ou que lêem.

Compartilham qualquer assunto sem procurarem se a fonte é verdadeira.
Viralizam crimes, brigas, violência, assassinatos, estupros, pornografia,
 agressões entre outros, sem se importarem com as conseqüências.
A onda de boatos torna-se cada vez mais parecidas com maremotos.

Defender uma ideia ou um ideal é o mesmo que levantar armas pra uma guerra.
Ninguém respeita ninguém, essa é a verdade.
Quase sempre eu gostaria de ser surda e analfabeta,
para não ter que ouvir nem ler certas coisas.

É duro gente!
Machismo estampado em posts, homofobia, transfobia,
desigualdade dos direitos humanos, culturais e raciais.
Agressividade e vitimismo.
Sério!
Estou cansada de tanta baboseira, de tanta arrogância e ignorância.
Deus me livre!
Tenho medo de me tornar arrogante.
Deus me livre!
Preciso urgentemente de um chá…

(Daniela Dias)









Íntimo


Pouco Tempo...

(Pouco Tempo)

Tenho pouco tempo.
Estou com mais de trinta anos.
Ando sempre com os dentes trincando.

Trinta anos pouco traçados.
Trocadilhos não me convém.
Pouco tempo!
É o que me mantém…

Me resta pouco tempo.
O que resta ando triplicando.
 E o pouco que tenho agora depois desses mais de trinta, traçados, trincados,
quero aproveitar ao lado dos que trazem trechos de sorrisos e paz…

Meu tempo está titubeando.
Estou com mais de trinta.
Faço das tripas o coração para estar bem.
Não sei traduzir-me quanto a isso…

Trabalho feito formiga.
E o tempo!
Tenho pouco.
Não importa!
Tenho trepidado na maresia depois da fumaça…

Sem metáforas.
O fim está chegando.
Meu tempo está se esgotando.
Vivendo o que ainda resta.
Construindo laços bonitos.
Pra serem lembrados depois do fim.
Que depois do fim se torna infinito…

(Daniela Dias)

Daniela Dias - Poetisa


(Escrito para Lucas Craus)

Aquele momento em que o leitor se torna maior, aquele momento em que o leitor se torna o poema.

(Escrito para Lucas Craus)

De vento em polpa!
Com pouco ou muito no ser.
Enternecer.
Sem ele este poema não seria.
Sem laços profundos ou abraços confusos.
Ele é esta poesia!
Mediano, magro, amarelo, olhos claros,
cabelos curtos, sorriso singelo.
Lucas o elo…

Extrato de força refletido num corpo opaco.
Ele é o antônimo de um retrato desbotado,
de cadarço desamarrado, de um jeans desabotoado.
Ele é o antônimo de fraqueza!
É o sinônimo de sutileza!
Um vidro cheio de sulfato ferroso.

Energia!
Simpatia, maestria.
Leitor de uma parte da minha heresia!
Seus cílios gigantes!
Ah! O calor das suas palavras desprendidas do que é embaraço.
E o brilho no seu olhar é que mais me distrai.
Sinto-me desconfortável com essa poesia.
Eu gostaria de descrevê-lo mais, mas não conseguiria…

No entanto, longe de qualquer pranto!
Não descrevê-lo eu não poderia.
É que não caberia!
Sinto medo de perder o inevitável.
Então o gravando isso não aconteceria.
Eternizar.
Eternizando.
Vitamina D, minhas mãos estão sangrando.
Escrevendo.
Descrevendo.
Eternizando.
Lucas…

(Daniela Dias)






Daniela Dias - Poetisa


Liberdade!

Liberdade!

Liberte-se do que te prende.
Liberte-se pra ser feliz de verdade.
Liberte-se do que é ruim!
Liberte-se do que é vaidade.
Eu não sei praticamente nada sobre a vida.
Mas eu compreendo que amor e felicidade
só são puros quando caminham ao lado da liberdade…

(Daniela Dias)

Egoísta


Daniela Dias - Poetisa


(Íntimo)

(Íntimo)

Certas coisas;
só a gente sente
só a gente entende
só a gente suporta
só a gente se importa
enfim, só a gente...

Daniela Dias



Daniela Dias - Poetisa


Daniela Dias - Poetisa


(Egoísta)

(Egoísta)

Eu quero ser eterna.
Egoístamente eterna!
Estaria mentindo se dissesse que não quero.
Por que eu quero!
Não ser eterna do sentido de viver eternamente.
Mas eu quero ser eterna.
Eterno ser!
Estar sempre na vida das pessoas, em suas historias,
em seus pensamentos, em suas fotografias, em suas estantes.
Por mais egoísta que isto seja;
Eu quero ser eterna para as pessoas a minha volta.
A ideia do esquecimento me incomoda.
Então, eu não me envergonho em dizer que eu quero.
Eu quero mesmo!
Ser o primeiro nome falado depois da palavra fim. 
Ser o primeiro nome falado depois das frases terminadas.
Ser um nome lembrado entre os diálogos...
Isso é bem egoísta.
Eu sei.
Não nego que seja.
- Mas, eu quero ser eterna…

Daniela Dias


Daniela Dias - Poetisa


Convicção!


Convicção!

Convicção!

Fim de relacionamento.
- Quero:
Um motivo pra continuar.
Um momento pra não esquecer!
Uma carta para guardar.
Um desenho pra tatuar!
Uma palavra para lembrar;
Um segundo pra me convencer
Voltar no túnel do tempo só por um dia.
Um abraço pra eternizar!
Uma prova que não posso ficar sem você.
- Quero:
Ter convicção!
Saber se estou seguindo a estrada certa
ou se eu preciso voltar?

Daniela Dias

CHá


Amor


Apenas hoje!

Apenas hoje!

Hoje.
Intensamente hoje.
Hoje é o melhor dia para ser feliz!
Única e exclusivamente hoje é o melhor dia da minha vida.
Por quê?
Por ser hoje...

Hoje estou mais bonita que ontem.
Hoje estou mais leve, mais otimista, mais amorosa.
Hoje estou um dia a frente de ontem.
E essa é minha única certeza...

Hoje eu estou ouvindo todas as canções que amo.
E, quando digo todas, são todas mesmo.
Hoje fiz as pazes com o mundo.
Hoje perdoei...

Hoje sorri mais que de costume.
Por que hoje é o melhor dia da minha vida.
Se eu existo hoje, então hoje é um grande dia.
Hoje escrevi poesias, li trechos de Fernando Pessoa.
Mergulhei em minhas fotografias, tudo isso hoje.
Hoje é um grande dia...

Hoje enfeitei meu fantástico mundo com um monte de
cenários novos e um monte de coreografias, hoje!
Hoje me tornei um pouco melhor que todos os dias antes de hoje.
Hoje recordei do nascimento do meu filho.
Hoje revirei minha vida, me reinventei.
Fiz ligações que há tempos não fazia.
Hoje colori meu dia.
Hoje deixei de ser uma pessoa e
Me tornei um ser humano...

(Daniela Dias)

09/03/2014

Daniela Dias - Poetisa


Amor...

Amor...

Ah!
O amor!
Ele nos transforma, nos molda a seu gosto.
Nos transtorna mais um pouco.
Nos deixa incapazes de ver a verdade.
Nos enche de vaidade...

Ah!
O amor!
Ele nos faz sonhar, sentir, enlouquecer, entristecer!
O amor também nos traz pitadas dosadas de felicidade.
Nos faz suspirar e ao mesmo tempo nos faz odiar.
Sei lá!
O amor é um mix de todos os sentimentos juntos.
É verdadeiramente um conjunto de tristezas, prazeres e alegrias.

Daniela Dias

Daniela Dias - Poetisa