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Biblioteca de Fanzines

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

(Aos que pretender ler, peço que leiam com calma. Pois este poema traduz uma alma. E recomendo a leitura deste poema com o som ‘’More Beautiful/Sad Piano Songs By Brian Crain’’)


Sons de Piano

Nasci.
Nasci!
Nasci?
Ah! Nasci…
Sons de piano não poderão me acalmar.

Cresci.
Cresci!
Cresci?
Ah! Cresci…
Sons de piano não poderão me acalmar.

Me perdi.
Me perdi!
Me perdi?
Ah! Me perdi…
Sons de piano não poderão me acalmar.

Abracei, afastei.
Abracei, afastei!
Abracei, afastei?
Ah! Abracei, afastei…
Sons de piano não poderão me acalmar.

Amarguei.
Amarguei!
Amarguei?
Ah! Amarguei…
Sons de piano não poderão me acalmar.

Adoeci.
Adoeci!
Adoeci?
Ah! Adoeci…
Sons de piano não poderão me acalmar.

Morri.
Morri!
Morri?
Ah! Morri…
Sons de piano não poderão me acalmar.

Nasci.
Cresci.
Me perdi.
Abracei.
Afastei.
Amarguei.
Adocei.
Morri.
(AMEI)

Tentei ao máximo ser sempre mais do que eu realmente podia.
Confesso! Até consegui chegar mais longe que qualquer um imaginaria.
Mas morri.
Em meio às luzes do céu eu mesma não posso me encontrar.
Em meios as ondas do mar eu mesma não posso me encontrar.
Morri.

Nasci.
Cresci.
Me perdi.
Abracei.
Afastei.
Amarguei.
Adocei.
Morri.
(AMEI)
Sons de piano não poderão me acalmar.

Morri.
Morri!
Morri?
Morri.
Morri.
Morri…
(Não tendo aquilo o que eu realmente queria.)
Asas para voar!
E uma família que pudesse me amar.
Então! Morri…
Sons de piano não poderão me acalmar.


Chorei.
Escrevi este poema.
E dormi.
Eu sei!
Sons de piano não poderão me acalmar.

(Daniela Dias)