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Biblioteca de Fanzines

quarta-feira, 20 de abril de 2016

CAOS!

Caos!

Ando triste.
Ando triste por dentro e sorridente por fora.
Mas, ninguém se importa.
Mas, ninguém vê.
Ando triste.
Já morri milhares de vezes, morri por querer morrer.
Pulei de pontes, cortei os pulsos, amarrei cordas no pescoço,
abracei giletes, me envenenei, tomei pílulas secretas em grandes quantidades…
Já morri milhares de vezes.
(Morri por querer morrer.)
Ando triste…

Ando triste por dentro, embora sorridente por fora.
Mas, ninguém se importa.
Mas, ninguém vê.
Ando triste.
Meu corpo ainda é bonito, meu rosto também!
Meu cabeço passeia com o vento, meus sorrisos entretêm.
Mas, ando triste, triste por dentro.
- Cadavérica!
Ando em tormento!
Mas, ninguém percebe.
Ninguém vê o quanto ando triste…

Ando abraçando pessoas por fora.
Ando sorrindo em fotografias e festas.
Ando brindando a vida!
Mas e por dentro?
Ah, por dentro!
Por dentro!
Tem sido um verdadeiro tormento, uma agonia, um sofrimento!
Já morri milhares de vezes, morri por querer morrer.
Pulei de pontes, cortei os pulsos, amarrei cordas no pescoço,
abracei giletes, me envenenei, tomei pílulas secretas em grandes quantidades…
Já morri milhares de vezes.
(Morri por querer morrer.)
Ando triste…

Não culpo os que não vêem minha tristeza.
A verdade é que tenho sido melhor atriz que poeta.
Então, vou fazer deste poema a minha chance.
Este é meu grito.
- Socorro!
- Socorro!
Já morri milhares de vezes.
(Morri por querer morrer.)
Ando triste!
Alguém me estenda à mão.
Por que eu ainda estou à viva?
Eu sei que viva por fora estou.
(Mas preciso viver por querer, preciso viver por dentro.)
Socorro!
Socorro.
Alguém me ajuda.
Alguém me veja.
Já morri milhares de vezes.
(Morri por querer morrer.)

Por: Daniela Dias.