Aos que forem ler, peço que leiam com calma! Recomendo a leitura com o áudio da do som de piano ‘’Ji, Pyeong- Kyeon - Sad Romance - A.K. A Sad Violin’’.
Aos interessados, segue o link- https://youtu.be/8ueaGzjH4pQ
(Espelho)
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Você está no meu cabelo, na cor da minha pele, no meu sorriso.
Você está no formato do meu corpo, nos traços do meu rosto,
na cor dos meus olhos, na minha arte de pintar, de escrever.
Você está na minha vontade de amar…
Espelho!
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Ainda que eu tente te esquecer, quando eu me olho num maldito
espelho eu só me lembro de você.
Você está na minha estatura, no meu sonho mais frágil,
na minha antiga ingenuidade, na minha saudade…
Eu queria te odiar todos os dias.
Odiar você pelo que fez e pelo que deixou de fazer.
Mas quando eu paro diante de um espelho e me vejo,
eu percebo que eu sou um reflexo de você…
Eu sou sua sombra mais branda e você é minha tarde vazia.
E eu sei que ainda que trinta ou quarenta primaveras cheguem pra mim,
eu sempre vou parar diante de um maldito espelho e me lembrar de você.
Por que você está no meu ar, no meu pulmão, no sangue, no meu dna.
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Sempre…
E eu sei o que mais dói em mim.
O que dói, é me olhar no espelho e ver que me tornei você.
É ver que sou sua maldita sombra mais branda,
é saber que você é minha tarde vazia e que isso será sempre assim.
Toda água embaixo da ponte vai levando a vida que não para,
mas não tem água no mundo o bastante para lavar a mágoa entre nós…
(Espelho)
Maldito espelho!
Espelho, espelho meu!
Dói.
Dói olhar no espelho.
Dói ser como você.
Dói não ter tido e ainda não ter você.
Dói saber.
Dói querer te odiar e só conseguir te amar.
Dói te amar.
Dói me enxergar.
Dói ser o reflexo…
Por que todas as vezes que olho pra mim, o que eu vejo é você.
Na loucura, no lábios, nos traços, no amargos, no embaraços.
Mil poesias não seriam capazes de descrever o que acontece
quando vejo você no meu rosto diante do espelho.
Definitivamente não somos almas feitas para um lindo encontrar.
Eu…
Espelho!
Maldito espelho!
Espelho, espelho meu!
Lágrimas não irão me acalmar.
Quando eu paro diante de um espelho eu me vejo, eu te vejo.
Eu sei!
Eu sei.
Eu preciso parar de olhar.
Por que seremos sempre assim:
Uma sombra branda e uma tarde vazia…
(Daniela Dias)
Bem vind@ ao cantinho que reservei para publicar meu ''amontoado de palavras''. Coisas que faço, que sinto e escrevo me atrevendo a nomear por ''poesia''. ''E se alguém perguntar por aí, diga que a poesia é tudo pra mim!'' - Volte sempre...
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Grito
(Memórias)
Aaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Socorro!
Socorro?
Só corro!
Só corro?
Só.
Só!
Só?
Aaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Só cor!
Só cor?
Socorro!
Só corro?
Socorro, socorro, socorro!
Soco!
Socorro, socorro, socorro!
(Grita dentro de mim uma menina de seis anos, por medo dos monstros embaixo da cama, em cima do teto, atrás da porta e dentro do armário. Enquanto eu com o corpo ereto e esguio, finjo, sorrio…Preciso urgentemente ser salva de mim mesma. Socorro!)
(Daniela Dias)
Aaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Socorro!
Socorro?
Só corro!
Só corro?
Só.
Só!
Só?
Aaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Só cor!
Só cor?
Socorro!
Só corro?
Socorro, socorro, socorro!
Soco!
Socorro, socorro, socorro!
(Grita dentro de mim uma menina de seis anos, por medo dos monstros embaixo da cama, em cima do teto, atrás da porta e dentro do armário. Enquanto eu com o corpo ereto e esguio, finjo, sorrio…Preciso urgentemente ser salva de mim mesma. Socorro!)
(Daniela Dias)
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