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Biblioteca de Fanzines

quinta-feira, 14 de abril de 2016

22/02/20011 A última poesia

22/02/20011

A última poesia

Tom de paz! 
Este é o tom em que estou escrevendo, não entenda de outro modo se não deste.
Sei que a vida tem sido dura.
E às vezes em meio à multidão tenho me sentido só.
E o que posso fazer?

Como o azul do céu, é o tom do que estou escrevendo.
Mas...
Acontece que às vezes me sinto.
Desculpe-me!
... triste, abandonada, magoada e incompreendida.
Eu tenho me sentido assim.

Eu não penso somar grandes números numa conta bancária,
Não penso ter amigos incontáveis. 
Não penso...
Olha!
Da cor das águas do mar, é o tom do que eu estou escrevendo.
Eu sei que tenho amigos verdadeiros, e sei que não são aqueles que bebem
e fumam comigo, eu sei quem são os verdadeiros.
Mas, mesmo assim tenho sentido um vazio no peito...

Tenho anjos e demônios dentro de mim, ora os amo, ora os odeio! 
E os que me amam são aqueles que conseguem dominar tudo o que existe dentro de mim
e da minha inconstante mudança...

Da cor da terra que pisamos, é o tom do que eu escrevo agora.
Sei que a vida não tem sido fácil pra ninguém, nem pra você, nem pra mim, nem pra várias outras pessoas.
Alguns a quem amamos tem morrido. Alguns a quem ainda iremos amar estão por nascer.
E eu me pergunto; - Do que eu sou realmente merecedora?

Da cor das árvores de um Vale Encantado, é o tom que eu escrevo agora.
Estou me sentindo estranha.
Descobri que sou feita de carne, e que esta carne envelhecerá, ou adoecerá. 
e que tudo isso não tem controle, somos carne e ponto!

Da cor do sol e da lua, é o tom que eu escrevo agora.
E ao escrever isso aqui, me deixei levar pelos meus pensamentos mais profundos.
Descobri do que tenho medo de tudo! 
Percebi que a vida tem sido ora boa, ora amarga.
E que eu mesma não tenho dado pausas.
Resolvi ouvir meu coração pulsar...

É...
Resolvi escrever da cor rio, e este é o novo tom que estou escrevendo agora.
Resolvi dizer que meu coração está em pedaços, eu tenho sonhos inimagináveis.
E ao mesmo tempo segredos tão absurdos! 
Que ninguém sabe.
Que ninguém vê...

Da cor do sangue que pulsa em minhas veias, é o tom que eu escrevo agora.
Então eu peço que me aceite. Perdoe-me!
Eu inconstante, eu brava, eu irritante!
Eu que esperei a vida inteira vencendo cada obstáculo
só para estar preparada ao encontrar você...

Da cor que você imaginar agora, ‘’imagine’’!
Este é o tom que eu estou escrevendo agora.
Desejo ter saúde!
Desejo viver!
Desejo ser eterna no mundo da poesia.
A cor que você imaginar agora, é a cor que eu quero ser lembrada...

Tudo pode ser esquecido,
Tudo pode ser perdoado.
Tudo que tem sido, pode deixar de ser.
Nenhum verbo é conjugado a vida inteira no mesmo tempo.
Escrevo agora no tom da cor do vento.
Rindo por fora chorando por dentro...

Por: Daniela Dias.