(1.985)
Hoje meu texto será um
pouco narcisista.
Não é sobre cor de pele.
Nem sobre tom de falas.
Não é sobre tipos de cabelos.
Tão pouco sobre etnias ou raças!
Não é sobre a lama.
Nem é sobre a França.
Não é sobre África, nem mesmo sobre esperança…
(Hoje meu texto será um pouco narcisista.)
Não é sobre cor de pele.
Nem sobre tom de falas.
Não é sobre tipos de cabelos.
Tão pouco sobre etnias ou raças!
Não é sobre a lama.
Nem é sobre a França.
Não é sobre África, nem mesmo sobre esperança…
(Hoje meu texto será um pouco narcisista.)
Não é sobre drogas.
Nem sobre sexualidade.
Não é sobre religião, moda ou vaidade.
Não é sobre fome, guerra, política ou partidos.
Não é sobre ser branco, nem sobre ser negro.
Não é sobre ser patriota, ser racista, ser irônico ou pessimista…
(Hoje meu texto será um pouco narcisista.)
Nem sobre sexualidade.
Não é sobre religião, moda ou vaidade.
Não é sobre fome, guerra, política ou partidos.
Não é sobre ser branco, nem sobre ser negro.
Não é sobre ser patriota, ser racista, ser irônico ou pessimista…
(Hoje meu texto será um pouco narcisista.)
Não é sobre desemprego.
Nem sobre machismo, feminismo, homofobia ou pedofilia.
Não é sobre ateus ou pagãos, crentes, islâmicos ou cristãos.
Não é sobre fé, sobre protestantes ou arrogantes.
Não é sobre violência, abortos ou assuntos chocantes!
Eu sei!
Eu sei!
Tudo isso é tão importante…
Mas hoje!
(Hoje meu texto será um pouco narcisista.)
Nem sobre machismo, feminismo, homofobia ou pedofilia.
Não é sobre ateus ou pagãos, crentes, islâmicos ou cristãos.
Não é sobre fé, sobre protestantes ou arrogantes.
Não é sobre violência, abortos ou assuntos chocantes!
Eu sei!
Eu sei!
Tudo isso é tão importante…
Mas hoje!
(Hoje meu texto será um pouco narcisista.)
Hoje vai ser.
Hoje é.
Tem que ser.
Precisa ser.
Sobre mim.
Sobre minha dor.
Sobre o que me fere.
Sobre o que me impele.
Sobre o que me impede de pular rumo às nuvens ou ao abismo.
´´ precipício ´´
É sobre mim.
Hoje é.
Tem que ser.
Precisa ser.
Sobre mim.
Sobre minha dor.
Sobre o que me fere.
Sobre o que me impele.
Sobre o que me impede de pular rumo às nuvens ou ao abismo.
´´ precipício ´´
É sobre mim.
(1.985)
Nasci capixaba.
Na primeira infância cresci mineira.
Na segunda também.
Na terceira já era capixaba novamente.
Capixaba adolescente.
Sem pai, sem mãe, sem pão, sem chão.
A vida assim me fez…
Uma capixaba mineira outra vez.
Revirando-me, me costurando, me remendando, me reinventando.
Sagrando, estancando, secando, engolindo, guardando.
E mesmo que este texto não seja para falar de todas as coisas que são emergências,
no meu narcisismo completo, complexo na falta de paz.
Nasci capixaba.
Na primeira infância cresci mineira.
Na segunda também.
Na terceira já era capixaba novamente.
Capixaba adolescente.
Sem pai, sem mãe, sem pão, sem chão.
A vida assim me fez…
Uma capixaba mineira outra vez.
Revirando-me, me costurando, me remendando, me reinventando.
Sagrando, estancando, secando, engolindo, guardando.
E mesmo que este texto não seja para falar de todas as coisas que são emergências,
no meu narcisismo completo, complexo na falta de paz.
(1.985)
Nasci.
Sem rumo, feito cão.
Abandonada sem direção.
Invisível.
Nasci.
Sem rumo, feito cão.
Abandonada sem direção.
Invisível.
- Ninguém me viu nascer.
- Ninguém me viu crescer.
- Ninguém me viu mulher.
- Ninguém me viu vencer.
- Ninguém me viu ser mãe.
- Ninguém foi mãe para mim também.
- Ninguém viu eu me tornar poeta.
- Ninguém me viu.
- Ninguém me vê.
- Ninguém me viu crescer.
- Ninguém me viu mulher.
- Ninguém me viu vencer.
- Ninguém me viu ser mãe.
- Ninguém foi mãe para mim também.
- Ninguém viu eu me tornar poeta.
- Ninguém me viu.
- Ninguém me vê.
E este texto é para que?
Só para soltar mais um pouco os laços.
Abandonar os traços.
E me esquecer que existiu:
(1.985)
É não é que eu não me importe com as coisas importantes.
É que hoje está difícil engolir, digerir, entender e aceitar
(1.985)
Perdoe-me por estes versos tão amargos e narcisistas.
Mas hoje eu preciso escrever sobre mim.
Hoje eu precisava lamentar o;
(1.985)
Só para soltar mais um pouco os laços.
Abandonar os traços.
E me esquecer que existiu:
(1.985)
É não é que eu não me importe com as coisas importantes.
É que hoje está difícil engolir, digerir, entender e aceitar
(1.985)
Perdoe-me por estes versos tão amargos e narcisistas.
Mas hoje eu preciso escrever sobre mim.
Hoje eu precisava lamentar o;
(1.985)
Por: Daniela Dias.