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Biblioteca de Fanzines

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Ela para sempre...

Sempre e para sempre!

Eu e ela.
De repente dei-me conta e uma luz brilhou em minha janela!
Estremeci no pensamento, éramos eu e o rosto dela.
Encantadora ela me parecia ora quente, ora fria,
o sentimento reluzia e o seu olhar me enternecia!
De repente dei-me conta, seu amor eu merecia?

Era o sorriso!
Era o sol!
Eu e ela, ela e o rouxinol.
Era o andar, era o cabelo de caracol.
De repente dei-me conta, sem rimas e sem poesias,
no universo inteiro, éramos apenas eu e ela...

Era o sol, era a lua, era o brilho na minha janela.
Eu e ela!
Era o sorriso, o furinho na bochecha,
era o pescoço, o delinear do seio.
Ah! De repente dei-me conta.
No universo inteiro éramos apenas eu e ela...

Fugi das rimas, fugi do contexto, fugi do pretexto,
por que no mundo inteiro só existia eu e ela.
Não existia rua, tampouco viela,
tudo o que existia era apenas eu e ela.
Uma xícara de mel e a chama de uma vela...

Dei-me conta!
Meio tonta!
No mundo inteiro éramos eu ela.
Meu olhar e o perfume dela.
Meus passos e os sapatos dela.
Entrelaçamos, feito laço, feito fivela.
Eu e ela...

Dei-me conta!
Percebi estonteada
que eu escrevia e ela tocava,
que eu ouvia e ela cantava, 
que eu começava um sorriso e ela continuava...

De repente o mundo parou de girar,
e numa fração de segundos parei de respirar.
Éramos eu e ela.
Saí nas fotos que ela fotografava,
fui para a floresta e ela comigo estava,
na aliança, na pulseira, no pedaço de pão,
no cheiro, no abraço da despedida e no meu coração...

Dei-me conta e não foi por acaso!
Foi de repente que fiquei contente!
Pois, descobri que onde quer eu andasse lá estava ela.
No momento, na capoeira, no vento, no meu pensamento!
Nas minhas frases feitas, nos meus defeitos imperfeitos,
nas minhas orações e em tudo, sempre e para sempre!
O que me mantém de pé é o amor que sinto por ela...

(Daniela Dias)