Bailarina
Um dia desses, numa tarde de domingo,
quando o sol já ia se deitar,
sentada numa praça, pude notar.
Ela vibrante,
ela cintilante!
Ela provocante...
Bailarina!
jeito de menina,
marcante,
dominante,
inocente...
Enquanto seus cabelos se moviam,
junto com a barra do vestido cinza
e da fita que o prendia pela metade
sendo enfeitado,
os passos me encantavam.
Meu coração dela não desgrudava...
Lindamente dançava,
expressava tamanha gratidão,
pois os passos ensaiados
encantavam qualquer coração.
Lindamente, dançava...
Não trajava sapatos, roupas finas,
maquiagens ou purpurinas,
mas, seu brilho era esplêndido,
bailarina, movendo emoção...
Dançando sem sapatos,
enfeitiçando com cada passo!
Ah! Se ela soubesse.
Ah! Se ela descobrisse...
Que desde o momento em que ela começou a dançar,
o meu relógio parou de andar,
que a canção que ela dançava sequer consegui ouvir,
que desde o primeiro passo, meu coração disparou,
e meu mundo não mais girou,
tudo o que eu via era ela...
Resplandecente,
entorpecente.
Eu estenderia um tapete pra dança dela,
bailarina da fica no cabelo,
sorriu e acenou paro o meu desespero.
Então dança acabou
e a bailarina foi aplaudida!
Por: Daniela
Dias