Bailarina:
Um dia desses, numa tarde de domingo quando o sol já ia se deitar,
sentada numa praça, pude notar.
Ela vibrante, ela cintilante, ela incitante.
Jeito de menina, moça marcante dominante e inocente.
Bailarina!
De todo o gesto que envolvia sua dança o que mais me encantava era seu olhar singelo,
era sua dança forte, marcando o espaço da praça com alma inocente, corpo envolvente!
Bailarina!
Enquanto seus cabelos se moviam, ainda que presos a uma fita azul cintilante,
acompanhando a barra do vestido cinza, seus passos a todos encantavam.
Meus olhos não desgrudavam dela em nenhum só momento.
Bailarina!
Lindamente dançava!
Expressava tamanha gratidão!
Seus passos ensaiados encantavam qualquer coração.
Lindamente, dançava.
Bailarina!
Não trajava sapatos, roupas finas, purpurina, maquiagens ou qualquer batom.
Mas ora! Seu brilho era esplêndido!
Bailarina, movendo emoção!
Dançando sem sapato enfeitiçando com cada passo!
Ah! Se ela soubesse.
Ah! Se ela descobrisse.
Que desde o momento em que ela começou a dançar, o meu relógio parou de andar!
Que a canção que ela dançava sequer consegui ouvir, apenas por observá-la!
Que desde o primeiro passo meu coração disparou, e o meu mundo não mais girou!.
Bailarina!
Resplandecente, entorpecente!
Eu estenderia um tapete para dança dela!
Bailarina de fita cintilante nos cabelos, sorriu e acenou para o meu desespero.
A dança acabou.
E a bailarina foi aplaudida!
Por: Daniela Dias.
.