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Biblioteca de Fanzines

segunda-feira, 21 de março de 2016

(Escrito para Lucas Craus)

Aquele momento em que o leitor se torna maior, aquele momento em que o leitor se torna o poema.

(Escrito para Lucas Craus)

De vento em polpa!
Com pouco ou muito no ser.
Enternecer.
Sem ele este poema não seria.
Sem laços profundos ou abraços confusos.
Ele é esta poesia!
Mediano, magro, amarelo, olhos claros,
cabelos curtos, sorriso singelo.
Lucas o elo…

Extrato de força refletido num corpo opaco.
Ele é o antônimo de um retrato desbotado,
de cadarço desamarrado, de um jeans desabotoado.
Ele é o antônimo de fraqueza!
É o sinônimo de sutileza!
Um vidro cheio de sulfato ferroso.

Energia!
Simpatia, maestria.
Leitor de uma parte da minha heresia!
Seus cílios gigantes!
Ah! O calor das suas palavras desprendidas do que é embaraço.
E o brilho no seu olhar é que mais me distrai.
Sinto-me desconfortável com essa poesia.
Eu gostaria de descrevê-lo mais, mas não conseguiria…

No entanto, longe de qualquer pranto!
Não descrevê-lo eu não poderia.
É que não caberia!
Sinto medo de perder o inevitável.
Então o gravando isso não aconteceria.
Eternizar.
Eternizando.
Vitamina D, minhas mãos estão sangrando.
Escrevendo.
Descrevendo.
Eternizando.
Lucas…

(Daniela Dias)