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Biblioteca de Fanzines

segunda-feira, 21 de março de 2016

(Sobre Nós)

(Sobre Nós)

Sábado a noite, eram duas da manhã.
Ela me puxou pela cintura, me abraçou com força!
Depois me soltou.

Depois segurou minhas mãos e me olhou fixamente nos olhos.
Depois sorriu com aqueles olhinhos pequenos dela.
Enquanto eu me perdia entre a energia do abraço,
do sorriso e o encanto dos furinhos daquelas bochechas
ela respirou fundo e me disse que eu quebrava todos os padrões dela.

Confesso! Fiquei sem graça.
Depois de quatro anos ela ainda me deixa assim.
Perguntei a ela se isso era muito ruim.
Então ela sorriu de novo e me disse não.
Disse que era maravilhoso eu quebrar os padrões dela.

Então é isso.
Eu quebro os padrões dela e ela fixa meus pés no chão,
enquanto eu sonho com um mondo fantástico ela me dá uma dose de realidade.
Por que meus pensamentos e meu mundo são tão aleatórios e inconstantes
que só tendo ela por perto eu consigo me manter séria e sóbria com os pés no chão.

Sei lá!
Não tenho certezas sobre a vida.
Mas tenho um leve pressentimento que essa divisão entre nós é amor.
É.
É amor…

(Daniela Dias)