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Biblioteca de Fanzines

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Sobre o dia 22

Sobre o dia 22

Hoje é dia vinte e dois!
Eu gosto de acreditar em mim todos os outros dias do ano.
Mas, alguma coisa impede minha crença em mim mesma neste dia.
- Vinte e dois!
Eu gosto de escrever todos os dias do ano, até mesmo nesse dia.
Sinto que sou detentora da palavra na forma escrita.
Eu amo escrever!
As letras me consomem e me alimentam.
Sou os dois lados da moeda perdida.
Então, vou registrar minha insatisfação neste dia.
- Vinte e dois...

Eu gosto de ser grande sem deixar de ser pequena!
Sinto um grande desconforto quanto ao dia vinte e dois.
E não queira saber por que.
Mesmo chateada a cada ano eu me renovo em promessas.
Tento cumpri-las, o que é quase impossível.
Prometo coisas de mais a mim mesma.
Eu sei!
Mas, é que eu gosto de acreditar em mim.
- Menos no dia vinte e dois...

A cada dia vinte e dois, anualmente eu fecho meus olhos lentamente,
assopro a vela, corto uma fatia média e como.
Depois fecho à janela e as cortinas.
Eu gosto de acreditar em mim.
Eu gosto de escrever.
Sinto que sou detentora da palavra escrita.
E as mesmas letras que me consomem, me alimentam.
Sou os dois lados da moeda perdida.
Gosto de ser grande sem deixar de ser pequena.
A cada ano eu me renovo em promessas.
Eu sou o caos anualmente no dia vinte e dois...

De qualquer forma, a cada dia vinte e dois, anualmente eu fecho meus olhos lentamente, assopro a vela, corto uma fatia média e como.
Fecho à janela e depois as cortinas.
Tento cumprir as promessas.
Sabendo que não irei conseguir, sento-me num canto
pensativa e espero o próximo dia vinte e dois anual.
Eu gosto de acreditar em mim mesma, mas...
(Promessas.)
Eu sou o caos anualmente a cada dia vinte e dois.
- Vinte e dois!

Por: Daniela Dias.