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Biblioteca de Fanzines

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Dor

Dor

Dói-me!
Enquanto meu peito sangra,
meu coração arde,
a dor da despedida.
Melancolia
sem vaidade!
Dói-me...

Alguma coisa machuca,
Incomoda, entristece.
Dói-me o corpo feito de carne,
Dói-me a alma que apodrece...

Não sou quem escreve versos
rimados, felizes e bonitos.
Sou quem sente algo que dói,
 e o escreve.
Geme de medo a minha vontade.
Dói-me sentir saudade...


Dói-me a coluna,
a cintura,
os pés, e minhas mãos cansadas.
De escrever uma dor infinita,
uma dor incalculável,
dói-me ser tão instável...

Dói-me.
Apenas sei que me dói.
Não tenho palavras para enfeitar
estes versos.
Dói-me!
Não sei como estancar o sangue,
como acabar com a dor que me atina.
Dói-me tudo.
Vaza-me o mundo...

Dói-me de verdade.
Pergunto a mim mesma;
-Onde encontrarei a cura?
Respondo silenciosamente,
enquanto ainda dói;
-No seu sorriso, na sua sinceridade!
Só assim encontrarei a cura de verdade...

Por: Daniela Dias.