Bem vind@ ao cantinho que reservei para publicar meu ''amontoado de palavras''. Coisas que faço, que sinto e escrevo me atrevendo a nomear por ''poesia''. ''E se alguém perguntar por aí, diga que a poesia é tudo pra mim!'' - Volte sempre...
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
(Eu profundo)
(Eu profundo!)
Durante minha jornada, alguns amigos vêm me dizendo que eu pareço uma
pessoa calma, que está sempre tão alegre e de bem com vida.
Que deve ser maravilhoso ser como eu, escrever poesias, ser poetisa!
Ter este dom maravilhoso de transmitir sentimentos com as palavras.
Bem, eu devo estar transmitindo isso a estes amigos. Que bom!
Que bom que não respingo meus ódios nos outros.
Mas a realidade é que nem tudo é poesia!
Eu sou como todo mundo é.
Um poço profundo de mágoas, um poço raso de vaidades e às vezes um tanto egoísta!
Tem dia que eu acordo triste.
Tem dia que eu acordo alegre.
Tem dia que eu acordo acreditando num mundo melhor.
Tem dia que eu acordo acreditando que o mundo não vale à pena.
Tem dia que eu acordo cheia de amor e magia.
Tem dia que eu acordo cheia de ódio e valentia.
Tem dia que acordo em paz.
Tem dia que acordo atormentada.
Tem dia que acordo com céu me inspirando!
Tem dia que acordo com um inferno astral me prendendo.
E eu sei que vai ser sempre assim, enquanto eu estiver por aqui.
Acordar na escuridão ou acordar iluminada.
Essa é a Daniela sem máscaras, a Daniela não retocada!
Sabe, eu não me envergonho de ser assim.
Eu nunca matei um cão!
Acho que sou até normal, dadas as circunstâncias da minha existência e merecimento.
Eu sei que independente de qualquer lado claro ou obscuro que exista dentro de mim,
eu tenho tentado melhorar diariamente.
Tenho tentado doar o melhor de mim, tanto que me enxergam assim, ’’ feliz’’!
Eu sei que o meu melhor não é tanto assim, meus defeitos se sobressaem.
Tenho tentado ser uma pessoa melhor todos os dias, independente de como eu acorde. Não é sempre que consigo é claro! Mas eu tenho tentado, entende?
Não é por que eu falo mansinho e escrevo poesia que eu sou pura alegria.
Eu tenho dores e horrores, eu tenho medos e monstros interiores.
Mas eu tenho tentado melhorar. Tenho tentado ser mais humana.
Tenho tentado doar o melhor de mim.
Vida plena e feliz? Olha posso afirmar, só existe em histórias inventadas.
Eu poderia inventar uma vida totalmente feliz pra mim e escrevê-la.
Mas a coisa toda não funciona assim.
Ainda afirmo, não sou feita só de tristezas e dores, também tenho alegrias e amores…
Penso que todo mundo é um pouco piedoso e um pouco maldoso.
E eu que não sou diferente do resto do mundo admito.
- Sou uma pessoa má.
Mas tenho tentado ser melhor, um pouco melhor a cada dia…
Nem sempre eu consigo, mas eu tenho tentado!
E eu acredito que se as dores, medos e mágoas fossem tirados de mim,
nem sobraria uma Daniela pra rascunhar esta trajetória.
Por que se essas coisas fossem tiradas de mim eu não teria mais pelo que lutar.
Eu não teria um por que para tentar ser melhor como tenho tentado.
Então é isso.
Não sou uma mulher alegre, alto astral e boazinha por vinte e quatro horas.
-Sou má, uma pessoa má que não sabe perdoar nem mesmo a família e talvez eu precise continuar sendo exatamente assim ainda que doa.
Disso tudo o que eu posso afirmar da impressão que os outros tem de mim é que realmente é maravilhoso ter o dom de escrever.
É maravilhoso sentar e conseguir escrever sentimentos.
Mas eu não me iludo com este dom.
- Por que antes de escrever é preciso sentir.
Como estou me sentindo agora?
Como estou me sentindo para escrever esta transmissão?
As lágrimas deste momento não estão sendo capazes de me aliviar.
E mesmo assim estou aqui escrevendo.
Me diga qual é a parte bonita disto tudo?
Estou aqui escrevendo por conta do dom.
Escrevendo para esclarecer o quanto sou de verdade.
Deixe suas expectativas de lado.
- Sou má.
- Sou má!
Mas garanto, tento tentado melhorar…
(Daniela Dias)
Durante minha jornada, alguns amigos vêm me dizendo que eu pareço uma
pessoa calma, que está sempre tão alegre e de bem com vida.
Que deve ser maravilhoso ser como eu, escrever poesias, ser poetisa!
Ter este dom maravilhoso de transmitir sentimentos com as palavras.
Bem, eu devo estar transmitindo isso a estes amigos. Que bom!
Que bom que não respingo meus ódios nos outros.
Mas a realidade é que nem tudo é poesia!
Eu sou como todo mundo é.
Um poço profundo de mágoas, um poço raso de vaidades e às vezes um tanto egoísta!
Tem dia que eu acordo triste.
Tem dia que eu acordo alegre.
Tem dia que eu acordo acreditando num mundo melhor.
Tem dia que eu acordo acreditando que o mundo não vale à pena.
Tem dia que eu acordo cheia de amor e magia.
Tem dia que eu acordo cheia de ódio e valentia.
Tem dia que acordo em paz.
Tem dia que acordo atormentada.
Tem dia que acordo com céu me inspirando!
Tem dia que acordo com um inferno astral me prendendo.
E eu sei que vai ser sempre assim, enquanto eu estiver por aqui.
Acordar na escuridão ou acordar iluminada.
Essa é a Daniela sem máscaras, a Daniela não retocada!
Sabe, eu não me envergonho de ser assim.
Eu nunca matei um cão!
Acho que sou até normal, dadas as circunstâncias da minha existência e merecimento.
Eu sei que independente de qualquer lado claro ou obscuro que exista dentro de mim,
eu tenho tentado melhorar diariamente.
Tenho tentado doar o melhor de mim, tanto que me enxergam assim, ’’ feliz’’!
Eu sei que o meu melhor não é tanto assim, meus defeitos se sobressaem.
Tenho tentado ser uma pessoa melhor todos os dias, independente de como eu acorde. Não é sempre que consigo é claro! Mas eu tenho tentado, entende?
Não é por que eu falo mansinho e escrevo poesia que eu sou pura alegria.
Eu tenho dores e horrores, eu tenho medos e monstros interiores.
Mas eu tenho tentado melhorar. Tenho tentado ser mais humana.
Tenho tentado doar o melhor de mim.
Vida plena e feliz? Olha posso afirmar, só existe em histórias inventadas.
Eu poderia inventar uma vida totalmente feliz pra mim e escrevê-la.
Mas a coisa toda não funciona assim.
Ainda afirmo, não sou feita só de tristezas e dores, também tenho alegrias e amores…
Penso que todo mundo é um pouco piedoso e um pouco maldoso.
E eu que não sou diferente do resto do mundo admito.
- Sou uma pessoa má.
Mas tenho tentado ser melhor, um pouco melhor a cada dia…
Nem sempre eu consigo, mas eu tenho tentado!
E eu acredito que se as dores, medos e mágoas fossem tirados de mim,
nem sobraria uma Daniela pra rascunhar esta trajetória.
Por que se essas coisas fossem tiradas de mim eu não teria mais pelo que lutar.
Eu não teria um por que para tentar ser melhor como tenho tentado.
Então é isso.
Não sou uma mulher alegre, alto astral e boazinha por vinte e quatro horas.
-Sou má, uma pessoa má que não sabe perdoar nem mesmo a família e talvez eu precise continuar sendo exatamente assim ainda que doa.
Disso tudo o que eu posso afirmar da impressão que os outros tem de mim é que realmente é maravilhoso ter o dom de escrever.
É maravilhoso sentar e conseguir escrever sentimentos.
Mas eu não me iludo com este dom.
- Por que antes de escrever é preciso sentir.
Como estou me sentindo agora?
Como estou me sentindo para escrever esta transmissão?
As lágrimas deste momento não estão sendo capazes de me aliviar.
E mesmo assim estou aqui escrevendo.
Me diga qual é a parte bonita disto tudo?
Estou aqui escrevendo por conta do dom.
Escrevendo para esclarecer o quanto sou de verdade.
Deixe suas expectativas de lado.
- Sou má.
- Sou má!
Mas garanto, tento tentado melhorar…
(Daniela Dias)
Passeio de barco
(Passeio de barco)
Recordar nem sempre é bom, recordar nem sempre é preciso.
Volta e meia meu baú de memórias me trai, abstrai de mim o pior.
Ao contrário dessa volta e meia, neste momento me trouxe a tona o melhor.
Minha memória.
Enfim uma boa memória!
Um passeio de barco rumo ao mato, arco-íres no céu, flecha e arco.
Pelo tamanho que lembro, era por volta dos meus seis a sete anos.
Uma fila de crianças.
Coletes salva-vidas.
Um barco marrom a motor.
Era guiado por um homem bem parecido com um índio, no entanto vestido.
Antes de entrarmos no barco, um homem que chamávamos de tio anotava nossos nomes.
A fila era do menor para o maior.
Eu era mirrada, fiquei bem no começo.
Era lindo, eu não sabia escrever, mas achava lindo o tio escrevendo no papel amarelado.
A caneta vermelha se mexendo nas mãos dele enfeitiçava meus olhos.
Todos a postos!
Hora de entrar no barco.
Um a um fomos entrando com a ajuda do tio.
Mas na minha vez o tio me mandou esperar.
Meu coração acelerava!
Pensei que não iria poder entrar no barco.
Aí ele gritou pra moça que ajeitava as crianças no barco;
‘’- A filha do Tupi tem que ir bem no meio. Ela não sabe nadar. A avó dela disse que ela tem que ir no meio. ’’
Ufa!
Eu ia poder passear no barco, Tupi é o apelido do meu pai. Minha avó nunca me quis perto do rio e ela me deixou ir, ir no meio. Como se ir no meio mudasse o fato deu não saber nadar, enfim…
Fiquei envergonhada por não saber nadar, devo informar que ainda não sei.
Depois fiquei com medo do barco afundar e depois fiquei feliz por que era incrível!
Só pensei por que tive que ficar na fila, já que não poderia entrar logo, eu queria ter ficado na ponta, mas fiquei no meio, as outras crianças tapavam a visão, mas no fim das contas meu coração pulava!
Alguém perguntou o nome do tio e ele disse que era Márcio.
Alguém perguntou o nome do rio e ele disse que era Rio Itueta.
Falou que não podíamos balançar o barco.
Puxou um coro de canções infantis, cantigas de roda e nós batíamos palmas…
Atravessamos o rio.
Lá catamos pedrinhas coloridas, eu guardei uma na calcinha por que não tinha bolso.
É curioso! Até hoje sempre que visito um lugar diferente guardo pedras de recordação.
Ele nos disse que não podíamos arrancar as flores, nem plantas.
Eu estava cansada demais pra andar, é que quando sinto medo minhas forças acabam.
E eu senti muito medo!
Então deitei no chão pertinho da margem do rio.
Deitada no chão eu olhava pra cima, via as nuvens no céu formando desenhos.
Ouvia os pássaros cantando e as árvores balançando.
Isso durou muito tempo…
O tio voltou, me deu pão com mortadela e suco de uva, aqueles de pacotinho.
Ainda adoro suco de uva! Principalmente o de pacotinho.
Todos comemos e fizemos uma nova fila.
Mais uma vez eu fiquei na frente por conta da fila ser do menor para o maior.
Mais uma vez o tio disse que eu ia ficar no meio.
Mais uma vez fiquei no meio.
Na volta ninguém cantava.
E do barco vimos o que o tio chamou de capivara.
Quando eu esticava o pescoço e conseguia ver a água, eu queria saber nadar.
O rio era tão bonito!
Era o rio de Itueta.
Mas que memória boa.
Meu passeio de barco no rio Itueta em Minas Gerais…
‘’Sinto minha infância impregnada no meu dia a dia, cada memória revive o bem e o mal que existe dentro de mim…’’
(Daniela Dias)
Recordar nem sempre é bom, recordar nem sempre é preciso.
Volta e meia meu baú de memórias me trai, abstrai de mim o pior.
Ao contrário dessa volta e meia, neste momento me trouxe a tona o melhor.
Minha memória.
Enfim uma boa memória!
Um passeio de barco rumo ao mato, arco-íres no céu, flecha e arco.
Pelo tamanho que lembro, era por volta dos meus seis a sete anos.
Uma fila de crianças.
Coletes salva-vidas.
Um barco marrom a motor.
Era guiado por um homem bem parecido com um índio, no entanto vestido.
Antes de entrarmos no barco, um homem que chamávamos de tio anotava nossos nomes.
A fila era do menor para o maior.
Eu era mirrada, fiquei bem no começo.
Era lindo, eu não sabia escrever, mas achava lindo o tio escrevendo no papel amarelado.
A caneta vermelha se mexendo nas mãos dele enfeitiçava meus olhos.
Todos a postos!
Hora de entrar no barco.
Um a um fomos entrando com a ajuda do tio.
Mas na minha vez o tio me mandou esperar.
Meu coração acelerava!
Pensei que não iria poder entrar no barco.
Aí ele gritou pra moça que ajeitava as crianças no barco;
‘’- A filha do Tupi tem que ir bem no meio. Ela não sabe nadar. A avó dela disse que ela tem que ir no meio. ’’
Ufa!
Eu ia poder passear no barco, Tupi é o apelido do meu pai. Minha avó nunca me quis perto do rio e ela me deixou ir, ir no meio. Como se ir no meio mudasse o fato deu não saber nadar, enfim…
Fiquei envergonhada por não saber nadar, devo informar que ainda não sei.
Depois fiquei com medo do barco afundar e depois fiquei feliz por que era incrível!
Só pensei por que tive que ficar na fila, já que não poderia entrar logo, eu queria ter ficado na ponta, mas fiquei no meio, as outras crianças tapavam a visão, mas no fim das contas meu coração pulava!
Alguém perguntou o nome do tio e ele disse que era Márcio.
Alguém perguntou o nome do rio e ele disse que era Rio Itueta.
Falou que não podíamos balançar o barco.
Puxou um coro de canções infantis, cantigas de roda e nós batíamos palmas…
Atravessamos o rio.
Lá catamos pedrinhas coloridas, eu guardei uma na calcinha por que não tinha bolso.
É curioso! Até hoje sempre que visito um lugar diferente guardo pedras de recordação.
Ele nos disse que não podíamos arrancar as flores, nem plantas.
Eu estava cansada demais pra andar, é que quando sinto medo minhas forças acabam.
E eu senti muito medo!
Então deitei no chão pertinho da margem do rio.
Deitada no chão eu olhava pra cima, via as nuvens no céu formando desenhos.
Ouvia os pássaros cantando e as árvores balançando.
Isso durou muito tempo…
O tio voltou, me deu pão com mortadela e suco de uva, aqueles de pacotinho.
Ainda adoro suco de uva! Principalmente o de pacotinho.
Todos comemos e fizemos uma nova fila.
Mais uma vez eu fiquei na frente por conta da fila ser do menor para o maior.
Mais uma vez o tio disse que eu ia ficar no meio.
Mais uma vez fiquei no meio.
Na volta ninguém cantava.
E do barco vimos o que o tio chamou de capivara.
Quando eu esticava o pescoço e conseguia ver a água, eu queria saber nadar.
O rio era tão bonito!
Era o rio de Itueta.
Mas que memória boa.
Meu passeio de barco no rio Itueta em Minas Gerais…
‘’Sinto minha infância impregnada no meu dia a dia, cada memória revive o bem e o mal que existe dentro de mim…’’
(Daniela Dias)
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Fragmentos
(Este poema foi escrito num momento muito íntimo, eu nem iria publicá-lo pelo cunho religioso que ele representa, uma vez que não pertenço, nem represento nenhuma religião, mas não posso simplesmente negar minha história, então tomei coragem. Recomendo a leitura com o áudio do toque de Iúna, tomei liberdade de deixar o link de um bom áudio aqui.)
Link: https://youtu.be/OHvAegcTsCE
Fragmentos
Há quem afirme que ninguém foge daquilo eu está destinando a ser.
Eu por desacreditar num destino traçado, afirmo apenas que ninguém
foge aquilo que deseja ser.
Eu acredito na memória, na vivência e na ligação íntima que podemos ter
com estes fragmentos que estão dentro nós, fragmentos que foram plantados
ou deixados, ainda que por querer ou por mero acaso…
Eu tenho uma ligação íntima com santos, cantos, plantas e orixás!
Eu tenho uma ligação íntima com mirra, incenso, e Iemanjá.
Eu tenho uma ligação íntima com Vovó Margarida, Preto Velho,
Zureta e perfume de alfazema.
Eu tenho uma ligação íntima com velas, saias brancas, espelho, cachaça e Jurema.
Eu não sou filha de nenhum pai e nenhuma mãe, mas quanto o ponto aponta
o corpo arrepia e o sangue se apronta!
Nasci e cresci num centro, dançando e cantando ponto…
E o que mais me encanta são os cheiros impregnados nas paredes da minha
memória onde eu sempre encanto.
-Arruda, cânfora, carqueja, batons e champanhe cereja.
Cores brancas, cores azul turquesa.
Pulseiras de pedras, colares e cachimbos na mesa…
Eu tenho uma ligação íntima com vermelho, com Nanã, Yansã,
Oxossi e Oxumaré, cantos de giras e grandes pajés.
Com barbantes, café amargo, espadas de São Jorge, comigo ninguém pode.
É bastante forte!
Memórias impregnadas são trevos da sorte!
Eu tenho uma ligação forte com Oxum, Ogum, polenta, pimenta, urucum.
Estátuas e imagens estão aqui dentro do meu baú.
Ossaim, Oxaguian, Ewá, Obá, tempero, terreiro, farinha e Oxalá.
Pentes, pingentes, Exú, Omolu…
Eu tenho uma ligação com xícaras, banquinhos de madeira, peneira,
esteira, Xangô e cidreira.
Bule, xale, chaleira…
Eu cresci perto do rio, mas o que eu amei foi sempre o mar,
e ser dor mar ainda é minha escolha.
Fuço daqui, fuço dali, fuço de lá, lendas e crenças da cabeça até ponta do pé.
Oiá, oié, já ia me esquecendo falta Logunedé.
Das lembranças ainda os medos!
O tranca rua, as pomba giras e espíritos festeiros.
Travesseiros, patuás, simpatias e quitandeiros.
E assim vou me reafirmando, minhas memórias vou registrando.
Fragmentos!
Travessas de louça, de barro, coador de pano, soleira de porta, chaleira chiando…
Eu tenho uma forte ligação com toque de sino, referência na mesa, copos de água, filtro de barro, comida enfeitada.
Sabiá no cachimbo pitado, garrafa de mel, folclore pra todo lado.
Pilão pilando, tambor tocando, pandeiro girando, mulher rodando,
berimbau tocando, guia chegando, fumaça soprando!
Fragmentos!
Banho de puxa vegetal, tomar xixi de criança era a cura de todo mal…
É.
É!
É…
Eu tenho uma ligação muito íntima com os fragmentos da minha memória.
Ser neta da velha Amélia é minha melhor história.
É intimamente um laço de valor que não se pode ser calculado.
Não é destino, nem é legado.
É fragmento.
É escolha.
É minha ligação…
(Daniela Dias)
Link: https://youtu.be/OHvAegcTsCE
Fragmentos
Há quem afirme que ninguém foge daquilo eu está destinando a ser.
Eu por desacreditar num destino traçado, afirmo apenas que ninguém
foge aquilo que deseja ser.
Eu acredito na memória, na vivência e na ligação íntima que podemos ter
com estes fragmentos que estão dentro nós, fragmentos que foram plantados
ou deixados, ainda que por querer ou por mero acaso…
Eu tenho uma ligação íntima com santos, cantos, plantas e orixás!
Eu tenho uma ligação íntima com mirra, incenso, e Iemanjá.
Eu tenho uma ligação íntima com Vovó Margarida, Preto Velho,
Zureta e perfume de alfazema.
Eu tenho uma ligação íntima com velas, saias brancas, espelho, cachaça e Jurema.
Eu não sou filha de nenhum pai e nenhuma mãe, mas quanto o ponto aponta
o corpo arrepia e o sangue se apronta!
Nasci e cresci num centro, dançando e cantando ponto…
E o que mais me encanta são os cheiros impregnados nas paredes da minha
memória onde eu sempre encanto.
-Arruda, cânfora, carqueja, batons e champanhe cereja.
Cores brancas, cores azul turquesa.
Pulseiras de pedras, colares e cachimbos na mesa…
Eu tenho uma ligação íntima com vermelho, com Nanã, Yansã,
Oxossi e Oxumaré, cantos de giras e grandes pajés.
Com barbantes, café amargo, espadas de São Jorge, comigo ninguém pode.
É bastante forte!
Memórias impregnadas são trevos da sorte!
Eu tenho uma ligação forte com Oxum, Ogum, polenta, pimenta, urucum.
Estátuas e imagens estão aqui dentro do meu baú.
Ossaim, Oxaguian, Ewá, Obá, tempero, terreiro, farinha e Oxalá.
Pentes, pingentes, Exú, Omolu…
Eu tenho uma ligação com xícaras, banquinhos de madeira, peneira,
esteira, Xangô e cidreira.
Bule, xale, chaleira…
Eu cresci perto do rio, mas o que eu amei foi sempre o mar,
e ser dor mar ainda é minha escolha.
Fuço daqui, fuço dali, fuço de lá, lendas e crenças da cabeça até ponta do pé.
Oiá, oié, já ia me esquecendo falta Logunedé.
Das lembranças ainda os medos!
O tranca rua, as pomba giras e espíritos festeiros.
Travesseiros, patuás, simpatias e quitandeiros.
E assim vou me reafirmando, minhas memórias vou registrando.
Fragmentos!
Travessas de louça, de barro, coador de pano, soleira de porta, chaleira chiando…
Eu tenho uma forte ligação com toque de sino, referência na mesa, copos de água, filtro de barro, comida enfeitada.
Sabiá no cachimbo pitado, garrafa de mel, folclore pra todo lado.
Pilão pilando, tambor tocando, pandeiro girando, mulher rodando,
berimbau tocando, guia chegando, fumaça soprando!
Fragmentos!
Banho de puxa vegetal, tomar xixi de criança era a cura de todo mal…
É.
É!
É…
Eu tenho uma ligação muito íntima com os fragmentos da minha memória.
Ser neta da velha Amélia é minha melhor história.
É intimamente um laço de valor que não se pode ser calculado.
Não é destino, nem é legado.
É fragmento.
É escolha.
É minha ligação…
(Daniela Dias)
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Marisa
(Classificação; Ficção)
Marisa
Marisa era uma mulher obscura.
Andava flertando nos becos e bares da cidade.
Seduzia homens e mulheres para um sexo casual.
Marisa era instigante e irresistível quando queria.
Suas pernas cruzadas eram o destino de quem a encontrava…
Aquela boca roxa tragando cigarros era mesmo inevitável!
Aquele cabelo tão perfumado, com lindos turbantes bem ajeitados.
Aquelas roupas discretas, unhas sempre a mostra, cumpridas e afiadas;
Ela era obscura, mas seu rosto singelo transmitia certa segurança…
Marisa.
Doce, obscura!
Seduzidos eles tomavam vários goles de bebida destilada com ela.
Quem não tomaria?
Ela sabia falar as palavras certas.
Aqueles olhos provocavam frenesi, seu sorriso salivava qualquer desejo!
Aquela pele negra vitimizava e mascarava seu verdadeiro perfil.
Então seduzidos e embriagados eles entravam no carro dela sem medo.
Ela metia a mão entre as pernas deles enquanto dirigia.
Depois os instigava a enfrentar o medo e querer um sexo perigoso!
Então os levava até algum canto deserto e escuro, que geralmente ficava depois dos becos nos arredores da cidade, e depois de muita sedução ela os asfixiava com sua calcinha até a morte.
Marisa matou a muitos e nunca foi pega…
Nunca foi pega, por que isso tudo não passava de uma grande alucinação de sua mente. Ela tinha transtornos de personalidade e um grande complexo de inferioridade. Volta e meia ela fugia da realidade e depois voltava.
Quando se dava conta, era apenas uma mulher da periferia, robusta, sem tempo pra maquiagens e dinheiro pra turbantes, pois o leite era mais importante.
No fundo o que sabemos de verdade é que Marisa era apenas uma grande leitora de contos eróticos cheios de estereótipos que não lhes correspondiam, além dos transtornos é claro.
Então no único momento de lucidez que lhes cabia, ela tomava seu calmante, punha sua máscara de mulher comum e depois se deitava em seu velho colchão mofado, esperando acordar sendo aquela Marisa obscura, corajosa e atraente que tanto imaginara.
Por entender a grande ficção nisso tudo, ela apenas dormia.
Lia mais livros e livros e se perdia no que lia, dormia.
Marisa!
Obsoleta!
Obscura!
Marisa…
(Daniela Dias)
Marisa
Marisa era uma mulher obscura.
Andava flertando nos becos e bares da cidade.
Seduzia homens e mulheres para um sexo casual.
Marisa era instigante e irresistível quando queria.
Suas pernas cruzadas eram o destino de quem a encontrava…
Aquela boca roxa tragando cigarros era mesmo inevitável!
Aquele cabelo tão perfumado, com lindos turbantes bem ajeitados.
Aquelas roupas discretas, unhas sempre a mostra, cumpridas e afiadas;
Ela era obscura, mas seu rosto singelo transmitia certa segurança…
Marisa.
Doce, obscura!
Seduzidos eles tomavam vários goles de bebida destilada com ela.
Quem não tomaria?
Ela sabia falar as palavras certas.
Aqueles olhos provocavam frenesi, seu sorriso salivava qualquer desejo!
Aquela pele negra vitimizava e mascarava seu verdadeiro perfil.
Então seduzidos e embriagados eles entravam no carro dela sem medo.
Ela metia a mão entre as pernas deles enquanto dirigia.
Depois os instigava a enfrentar o medo e querer um sexo perigoso!
Então os levava até algum canto deserto e escuro, que geralmente ficava depois dos becos nos arredores da cidade, e depois de muita sedução ela os asfixiava com sua calcinha até a morte.
Marisa matou a muitos e nunca foi pega…
Nunca foi pega, por que isso tudo não passava de uma grande alucinação de sua mente. Ela tinha transtornos de personalidade e um grande complexo de inferioridade. Volta e meia ela fugia da realidade e depois voltava.
Quando se dava conta, era apenas uma mulher da periferia, robusta, sem tempo pra maquiagens e dinheiro pra turbantes, pois o leite era mais importante.
No fundo o que sabemos de verdade é que Marisa era apenas uma grande leitora de contos eróticos cheios de estereótipos que não lhes correspondiam, além dos transtornos é claro.
Então no único momento de lucidez que lhes cabia, ela tomava seu calmante, punha sua máscara de mulher comum e depois se deitava em seu velho colchão mofado, esperando acordar sendo aquela Marisa obscura, corajosa e atraente que tanto imaginara.
Por entender a grande ficção nisso tudo, ela apenas dormia.
Lia mais livros e livros e se perdia no que lia, dormia.
Marisa!
Obsoleta!
Obscura!
Marisa…
(Daniela Dias)
(Sua voz)
(Sua voz)
Saudade!
Como não sentiria?
Tenho sido tão covarde!
Tenho sido tão!
Não sei que palavras usar.
Eu tenho tentado te esquecer o tempo todo.
E tentando te esquecer, eu sempre me perco de mim.
Eu me perco nas lembranças.
Já faz tanto tempo!
Preciso de um cigarro urgentemente…
Cigarros!
Fumar também me lembra você.
Cinzeiros, isqueiros, fumaça, cigarros.
Eu!
Às vezes eu me sento diante do mar e me lembro do seu sorriso,
da cor da sua pele e do seu perfume impregnado na minha memória.
Às vezes eu me lembro de quando você pegava aquele maldito violão
sentava-se na minha cama pra tocar e cantar às seis da manhã.
Saudades!
Como não sentiria?
Tenho tentando destruir você aqui dentro…
Eu sou vaidosa demais, e o preço da minha vaidade está sendo bem alto.
Eu sei que o meu orgulho não trará você de volta, nem minha poesia.
Mas o que posso fazer se tudo o que eu consigo, é escrever sobre você?
O que posso fazer se tudo o que eu consigo é sentir esse gosto amargo de saudade?
Olha!
É involuntário.
Eu poderia te garantir isso se você pudesse me ouvir.
Eu nunca esperei o seu perdão.
Eu nunca esperei nada além de apagar você mim…
Às vezes eu me pego andando sem rumo por aí, e quando me dou conta
o mundo é um lugar distante da minha realidade.
Às vezes eu me pego lembrando do seu sorriso.
Sabe com aquele sorrisinho inocente!
Eu tento.
Eu tento!
Eu não resisto.
Quando percebo estou diante do mar novamente.
Quando percebo estou grudada nas fotografias.
Quando percebo estou lá perdida no horizonte,
lembrando de você tocando e cantando com aquele seu maldito violão.
Aqui dentro tudo ainda está do jeito que você…
Amor e ódio andam próximos e é tão estranho sentir saudade.
Por que eu fui tão egoísta?
Por que não te abracei a tempo?
Eu estou sendo guiada pela saudade.
Eu estou inclinada a continuar assim.
Eu gostaria de um abraço!
Eu sei que é impossível.
Eu sei.
Você não está mais por aqui.
Então, mais uma vez vou me perder na fumaça.
Andar, fumar, abarrotar cinzeiros, chorar e escrever poemas sem sentido sobre você.
Mais uma vez eu vou saborear a dor, e dizer o quanto é indiscutível esquecer o som da sua voz cantando pra mim às seis da manhã…
(Daniela Dias)
Saudade!
Como não sentiria?
Tenho sido tão covarde!
Tenho sido tão!
Não sei que palavras usar.
Eu tenho tentado te esquecer o tempo todo.
E tentando te esquecer, eu sempre me perco de mim.
Eu me perco nas lembranças.
Já faz tanto tempo!
Preciso de um cigarro urgentemente…
Cigarros!
Fumar também me lembra você.
Cinzeiros, isqueiros, fumaça, cigarros.
Eu!
Às vezes eu me sento diante do mar e me lembro do seu sorriso,
da cor da sua pele e do seu perfume impregnado na minha memória.
Às vezes eu me lembro de quando você pegava aquele maldito violão
sentava-se na minha cama pra tocar e cantar às seis da manhã.
Saudades!
Como não sentiria?
Tenho tentando destruir você aqui dentro…
Eu sou vaidosa demais, e o preço da minha vaidade está sendo bem alto.
Eu sei que o meu orgulho não trará você de volta, nem minha poesia.
Mas o que posso fazer se tudo o que eu consigo, é escrever sobre você?
O que posso fazer se tudo o que eu consigo é sentir esse gosto amargo de saudade?
Olha!
É involuntário.
Eu poderia te garantir isso se você pudesse me ouvir.
Eu nunca esperei o seu perdão.
Eu nunca esperei nada além de apagar você mim…
Às vezes eu me pego andando sem rumo por aí, e quando me dou conta
o mundo é um lugar distante da minha realidade.
Às vezes eu me pego lembrando do seu sorriso.
Sabe com aquele sorrisinho inocente!
Eu tento.
Eu tento!
Eu não resisto.
Quando percebo estou diante do mar novamente.
Quando percebo estou grudada nas fotografias.
Quando percebo estou lá perdida no horizonte,
lembrando de você tocando e cantando com aquele seu maldito violão.
Aqui dentro tudo ainda está do jeito que você…
Amor e ódio andam próximos e é tão estranho sentir saudade.
Por que eu fui tão egoísta?
Por que não te abracei a tempo?
Eu estou sendo guiada pela saudade.
Eu estou inclinada a continuar assim.
Eu gostaria de um abraço!
Eu sei que é impossível.
Eu sei.
Você não está mais por aqui.
Então, mais uma vez vou me perder na fumaça.
Andar, fumar, abarrotar cinzeiros, chorar e escrever poemas sem sentido sobre você.
Mais uma vez eu vou saborear a dor, e dizer o quanto é indiscutível esquecer o som da sua voz cantando pra mim às seis da manhã…
(Daniela Dias)
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
(Conselhos)
-Aos que pretendem ler; Leiam com calma! Este poema traduz uma alma. Recomendo a leitura com o áudio da música ´´Hello/Adelle´´
Link---> https://youtu.be/YQHsXMglC9A
(Conselhos)
Sobre dores, medos, dúvidas, afastamentos e perdões.
Sobre inícios, meios e fins.
Sobre recomeços…
Não se sente ao meu lado para dizer que não posso ser como sou.
Não pegue seu telefone e me ligue dizendo que não posso ser como sou.
Não me olhe nos olhos dizendo que não posso ser como sou.
Não é por que você sabe meu nome, ou por que sabe onde eu nasci que isso significa que sabe algo sobre mim.
Juro por Deus, eu quero que você pare de me dizer que não posso ser como sou…
Por eu você pensa que sabe algo sobre mim?
Por você pensa que tem esse direito?
Por que você se sente tão a vontade para me aconselhar sobre como eu devo ser?
Por que você pensa que sabe como eu devo sentir, me aproximar ou perdoar?
Por que você pensa que sabe sobre minha trajetória?
Por que você pensa que sabe como devo recomeçar?
Juro!
Juro por Deus eu quero que você pare!
Você não sabe!
Não!
Não sabe nada sobre mim!
Não sabe nada sobre quem sou!
Não sabe nada sobre meu início, meio ou fim!
Você!
Pare!
Por favor, pare!
Sobre dores, medos, dúvidas, afastamentos e perdões.
Sobre inícios, meios e fins.
Sobre recomeços…
Pare!
Pare.
Stop!
Please!
Pare!
Você não sabe!
Você não pode me dizer que não posso ser quem sou.
Você não sabe o que eu tive que comer, nem as pedras que tive que recolher.
Você não sabe que água bebi, você não sabe como sobrevivi.
Você não são o quanto é difícil ser quem eu sou.
E também não sabe como foi duro pra mim me construir e reconstruir tantas vezes quantas precisei para tornar-me assim exatamente como sou.
Então não!
Não me venho com suas palavras dizendo que eu não posso ser…
Não me venha com seus conselhos.
Não me venha com seu moralismo.
Não me senha com suas certezas.
Não me venha com sua religião, com seu Deus, com suas crenças.
Nunca lhe ocorreu que eu quero ser assim como sou?
Nunca lhe ocorreu que eu não quero ser diferente do que sou?
Não lhe ocorre que…
Juro!
Juro por Deus eu quero que você pare!
Você não sabe!
Não!
Não sabe nada sobre mim!
Não sabe nada sobre quem sou!
Não sabe nada sobre meu início, meio ou fim!
Você!
Pare!
Por favor, pare!
-Não me venha com seus conselhos, você não sabe quem sou. Você não tem esse direito.
(Daniela Dias)
Link---> https://youtu.be/YQHsXMglC9A
(Conselhos)
Sobre dores, medos, dúvidas, afastamentos e perdões.
Sobre inícios, meios e fins.
Sobre recomeços…
Não se sente ao meu lado para dizer que não posso ser como sou.
Não pegue seu telefone e me ligue dizendo que não posso ser como sou.
Não me olhe nos olhos dizendo que não posso ser como sou.
Não é por que você sabe meu nome, ou por que sabe onde eu nasci que isso significa que sabe algo sobre mim.
Juro por Deus, eu quero que você pare de me dizer que não posso ser como sou…
Por eu você pensa que sabe algo sobre mim?
Por você pensa que tem esse direito?
Por que você se sente tão a vontade para me aconselhar sobre como eu devo ser?
Por que você pensa que sabe como eu devo sentir, me aproximar ou perdoar?
Por que você pensa que sabe sobre minha trajetória?
Por que você pensa que sabe como devo recomeçar?
Juro!
Juro por Deus eu quero que você pare!
Você não sabe!
Não!
Não sabe nada sobre mim!
Não sabe nada sobre quem sou!
Não sabe nada sobre meu início, meio ou fim!
Você!
Pare!
Por favor, pare!
Sobre dores, medos, dúvidas, afastamentos e perdões.
Sobre inícios, meios e fins.
Sobre recomeços…
Pare!
Pare.
Stop!
Please!
Pare!
Você não sabe!
Você não pode me dizer que não posso ser quem sou.
Você não sabe o que eu tive que comer, nem as pedras que tive que recolher.
Você não sabe que água bebi, você não sabe como sobrevivi.
Você não são o quanto é difícil ser quem eu sou.
E também não sabe como foi duro pra mim me construir e reconstruir tantas vezes quantas precisei para tornar-me assim exatamente como sou.
Então não!
Não me venho com suas palavras dizendo que eu não posso ser…
Não me venha com seus conselhos.
Não me venha com seu moralismo.
Não me senha com suas certezas.
Não me venha com sua religião, com seu Deus, com suas crenças.
Nunca lhe ocorreu que eu quero ser assim como sou?
Nunca lhe ocorreu que eu não quero ser diferente do que sou?
Não lhe ocorre que…
Juro!
Juro por Deus eu quero que você pare!
Você não sabe!
Não!
Não sabe nada sobre mim!
Não sabe nada sobre quem sou!
Não sabe nada sobre meu início, meio ou fim!
Você!
Pare!
Por favor, pare!
-Não me venha com seus conselhos, você não sabe quem sou. Você não tem esse direito.
(Daniela Dias)
Meu vilão favorito!
Dei a mim mesma o direito de ter meu primeiro brinquedo.
Saí da loja saltitante, contagiante de alegria.
Ser feliz custa tão pouco.
Por que não tinha feito isto antes?
-Não sei. Só sei que estou feliz!
Saí da loja saltitante, contagiante de alegria.
Ser feliz custa tão pouco.
Por que não tinha feito isto antes?
-Não sei. Só sei que estou feliz!
Meu vilão favorito!
Meus cartões de visita.
Mimos!
Meus cartões de visita.
É tanto amor que nem cabe dentro de mim.
(Escrevo por amor, escrevo por amar. Escrevo por que a poesia escolheu viver em mim...)
É tanto amor que nem cabe dentro de mim.
(Escrevo por amor, escrevo por amar. Escrevo por que a poesia escolheu viver em mim...)
Eu queria ser uma formiga!
Eu queria ser uma formiga!
(Na natureza eu gosto de tudo, mas as formigas certamente têm um espaço todo especial no meu coração. Andei estudando um pouco sobre formigas e descobri que a beleza estava bem além apenas dos meus olhos ♥)
Segue um link para os interessados, vale a pena ler.
Link---> https://pt.wikipedia.org/wiki/Formiga
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Seduza-me!
Seduza-me!
Olhe-me nos olhos, me olhe nos lábios.
Observe meus gestos, estou inclinada pra você.
Cumprimente-me com um abraço.
Sirva-me uma bebida destilada.
Por favor!
Acenda meu cigarro, mas faça isso sem pronunciar palavras…
Respire fundo!
Estou engolindo a vontade e a saliva a seco.
Será que você consegue ver a minha indecência?
Será que você consegue ver além da roupa que cobre meu corpo?
Será que você entende o que estou pensando?
Ah! Por favor! Olhe-me…
Silêncio!
Olhe apenas para os meus lábios e entenda.
Esqueça meu leve decote e minha cintura arrojada.
Olhe-me nos olhos, me queira no seu silêncio.
Juro! Neste momento estou presa no seu sorriso…
Eu preciso que você entenda esta vontade.
Eu preciso que você mate-a!
Eu quero sentir o seu gosto.
Eu quero decifrar o que tem por traz dessa sua timidez.
Preciso que você me olhe…
Será crime esta minha vontade irresistível?
Bem, daqui deste lado da sala eu sou uma criminosa indecente,
observando você com o corpo sentado correspondendo ao meu sinal;
-Tô afim… Mera mortal… A santidade está bem longe de mim… Tô afim!
Eu só preciso que você me perceba aqui no outro lado da sala.
Entenda, não é amor!
É sexo!
É desejo apenas.
Eu preciso sentir o seu gosto.
Estou mergulhada em você, aqui no outro lado da sala…
(Daniela Dias)
Denuncie!
Amigos(as),
Estou deixando um link disponível para quem se interessar em ler sobre este assunto.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Despedida
Despedida...
Hoje!
Excepcionalmente hoje, eu me peguei revirando o lixo.
Aquele lixo que por algum motivo eu deixei dentro de mim.
E amargamente, desesperadamente hoje, única e exclusivamente hoje,
eu vivi o luto da sua partida...
Hoje! Ainda que o sentimento seja indefinidamente estranho, no entanto,
Apenas por hoje, eu rasguei a garganta e não engoli o choro.
Hoje eu soltei o ar que me valia, e aliviei a dor que nem eu mesma sabia...
Hoje!
Eu que jamais acreditei na morte ou até mesmo na dor da perda,
por que o que me vale são os momentos, finalmente entendi, sim!
Eu entendi, eu senti o lado profundo do luto.
Realmente entendi que as pessoas simplesmente se vão…
Quando varri o lixo que havia dentro de mim, finalmente entendi.
Que algumas pessoas viajam e não voltam mais.
Que algumas pessoas se mudam de cidade.
Que os caminhos mudam de direção e que algumas pessoas se vão.
Umas por que ir, outras por não, o inevitável é que elas sempre se vão…
Hoje!
Intuitivamente, única e exclusivamente me despedi.
Soltei sua mão e deixei você ir.
Deixei você e todos os que partiram da minha vida de alguma forma.
Em meio à dor, o medo e a incerteza do reencontro, encontrei bem
escondidos lá no meu íntimo o amor que os prendia…
Hoje!
Lavei dentro de mim com algumas gotas de lágrimas.
E transformei dentro de mim, fiz de mim um lugar sereno.
Libertei todos que precisavam ser libertados da minha prisão,
do meu caos e da minha loucura.
Deixei você e todos os outros seguirem em frente.
Doeu!
Aliviou!
Por mais que tenha doído, por mais que meu egoísmo ainda os quisesse prender.
Eu os libertei...
Por hora o meu fardo tornou-se mais leve, estou meio em paz, eu diria até suave.
Então, única e exclusivamente hoje eu escrevi estes versos finalizar esta despedida.
E dizer o quanto estou me sentindo livre por ter entendido que precisava libertá-los…
(Daniela Dias)
Hoje!
Excepcionalmente hoje, eu me peguei revirando o lixo.
Aquele lixo que por algum motivo eu deixei dentro de mim.
E amargamente, desesperadamente hoje, única e exclusivamente hoje,
eu vivi o luto da sua partida...
Hoje! Ainda que o sentimento seja indefinidamente estranho, no entanto,
Apenas por hoje, eu rasguei a garganta e não engoli o choro.
Hoje eu soltei o ar que me valia, e aliviei a dor que nem eu mesma sabia...
Hoje!
Eu que jamais acreditei na morte ou até mesmo na dor da perda,
por que o que me vale são os momentos, finalmente entendi, sim!
Eu entendi, eu senti o lado profundo do luto.
Realmente entendi que as pessoas simplesmente se vão…
Quando varri o lixo que havia dentro de mim, finalmente entendi.
Que algumas pessoas viajam e não voltam mais.
Que algumas pessoas se mudam de cidade.
Que os caminhos mudam de direção e que algumas pessoas se vão.
Umas por que ir, outras por não, o inevitável é que elas sempre se vão…
Hoje!
Intuitivamente, única e exclusivamente me despedi.
Soltei sua mão e deixei você ir.
Deixei você e todos os que partiram da minha vida de alguma forma.
Em meio à dor, o medo e a incerteza do reencontro, encontrei bem
escondidos lá no meu íntimo o amor que os prendia…
Hoje!
Lavei dentro de mim com algumas gotas de lágrimas.
E transformei dentro de mim, fiz de mim um lugar sereno.
Libertei todos que precisavam ser libertados da minha prisão,
do meu caos e da minha loucura.
Deixei você e todos os outros seguirem em frente.
Doeu!
Aliviou!
Por mais que tenha doído, por mais que meu egoísmo ainda os quisesse prender.
Eu os libertei...
Por hora o meu fardo tornou-se mais leve, estou meio em paz, eu diria até suave.
Então, única e exclusivamente hoje eu escrevi estes versos finalizar esta despedida.
E dizer o quanto estou me sentindo livre por ter entendido que precisava libertá-los…
(Daniela Dias)
(Dedo Pesado)
(Dedo Pesado)
Eu nunca havia parado pra pensar,
quão tamanho é o peso do meu dedo.
Sabe, este dedo preso no meu braço!
Eu estendo o braço, aponto o dedo pra
lua, pra rua, pra sua!
Se eu demoro mais que dois minutos,
meu sangue para de circular,
e meu dedo se torna tão pesado…
-Sem metáforas, ou metaforizando
mesmo!
Depois que o dedo pesa, eu dobro o
pulso, desvio o dedo pra minha própria direção,
aponto pro meu olho, pro meu ego, pro
meu coração.
Só de me apontar já pesa o dedo. Não
preciso esperar nenhum minuto.
Dói sentir o peso do dedo…
-Sem metáforas, ou metaforizando
mesmo!
Bem! Tentando me esquivar da dor, do
medo e do constrangimento do peso,
eu abaixo meu braço, sei que dedos
apontados pesam demais.
Finalmente deixo o impulso de lado,
meu dedo aponta o chão.
Afinal, o chão é o único lugar que
não posso parar de observar.
´´ Chão que piso, dedo que pesa, chão
apontado, dedo pesado, peso, dedo, chão…’’
-Sem metáforas, ou metaforizando
mesmo!
Cuidado! Um dedo pode ser muito
pesado, tanto quando você o aponta, quando pra você ele for apontado. Cuidado!
Cuidado…
(Daniela Dias)
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
(Espelho)
Aos que forem ler, peço que leiam com calma! Recomendo a leitura com o áudio da do som de piano ‘’Ji, Pyeong- Kyeon - Sad Romance - A.K. A Sad Violin’’.
Aos interessados, segue o link- https://youtu.be/8ueaGzjH4pQ
(Espelho)
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Você está no meu cabelo, na cor da minha pele, no meu sorriso.
Você está no formato do meu corpo, nos traços do meu rosto,
na cor dos meus olhos, na minha arte de pintar, de escrever.
Você está na minha vontade de amar…
Espelho!
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Ainda que eu tente te esquecer, quando eu me olho num maldito
espelho eu só me lembro de você.
Você está na minha estatura, no meu sonho mais frágil,
na minha antiga ingenuidade, na minha saudade…
Eu queria te odiar todos os dias.
Odiar você pelo que fez e pelo que deixou de fazer.
Mas quando eu paro diante de um espelho e me vejo,
eu percebo que eu sou um reflexo de você…
Eu sou sua sombra mais branda e você é minha tarde vazia.
E eu sei que ainda que trinta ou quarenta primaveras cheguem pra mim,
eu sempre vou parar diante de um maldito espelho e me lembrar de você.
Por que você está no meu ar, no meu pulmão, no sangue, no meu dna.
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Sempre…
E eu sei o que mais dói em mim.
O que dói, é me olhar no espelho e ver que me tornei você.
É ver que sou sua maldita sombra mais branda,
é saber que você é minha tarde vazia e que isso será sempre assim.
Toda água embaixo da ponte vai levando a vida que não para,
mas não tem água no mundo o bastante para lavar a mágoa entre nós…
(Espelho)
Maldito espelho!
Espelho, espelho meu!
Dói.
Dói olhar no espelho.
Dói ser como você.
Dói não ter tido e ainda não ter você.
Dói saber.
Dói querer te odiar e só conseguir te amar.
Dói te amar.
Dói me enxergar.
Dói ser o reflexo…
Por que todas as vezes que olho pra mim, o que eu vejo é você.
Na loucura, no lábios, nos traços, no amargos, no embaraços.
Mil poesias não seriam capazes de descrever o que acontece
quando vejo você no meu rosto diante do espelho.
Definitivamente não somos almas feitas para um lindo encontrar.
Eu…
Espelho!
Maldito espelho!
Espelho, espelho meu!
Lágrimas não irão me acalmar.
Quando eu paro diante de um espelho eu me vejo, eu te vejo.
Eu sei!
Eu sei.
Eu preciso parar de olhar.
Por que seremos sempre assim:
Uma sombra branda e uma tarde vazia…
(Daniela Dias)
Aos interessados, segue o link- https://youtu.be/8ueaGzjH4pQ
(Espelho)
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Você está no meu cabelo, na cor da minha pele, no meu sorriso.
Você está no formato do meu corpo, nos traços do meu rosto,
na cor dos meus olhos, na minha arte de pintar, de escrever.
Você está na minha vontade de amar…
Espelho!
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Ainda que eu tente te esquecer, quando eu me olho num maldito
espelho eu só me lembro de você.
Você está na minha estatura, no meu sonho mais frágil,
na minha antiga ingenuidade, na minha saudade…
Eu queria te odiar todos os dias.
Odiar você pelo que fez e pelo que deixou de fazer.
Mas quando eu paro diante de um espelho e me vejo,
eu percebo que eu sou um reflexo de você…
Eu sou sua sombra mais branda e você é minha tarde vazia.
E eu sei que ainda que trinta ou quarenta primaveras cheguem pra mim,
eu sempre vou parar diante de um maldito espelho e me lembrar de você.
Por que você está no meu ar, no meu pulmão, no sangue, no meu dna.
Sempre que eu me olho no espelho, o que eu vejo é você.
Sempre…
E eu sei o que mais dói em mim.
O que dói, é me olhar no espelho e ver que me tornei você.
É ver que sou sua maldita sombra mais branda,
é saber que você é minha tarde vazia e que isso será sempre assim.
Toda água embaixo da ponte vai levando a vida que não para,
mas não tem água no mundo o bastante para lavar a mágoa entre nós…
(Espelho)
Maldito espelho!
Espelho, espelho meu!
Dói.
Dói olhar no espelho.
Dói ser como você.
Dói não ter tido e ainda não ter você.
Dói saber.
Dói querer te odiar e só conseguir te amar.
Dói te amar.
Dói me enxergar.
Dói ser o reflexo…
Por que todas as vezes que olho pra mim, o que eu vejo é você.
Na loucura, no lábios, nos traços, no amargos, no embaraços.
Mil poesias não seriam capazes de descrever o que acontece
quando vejo você no meu rosto diante do espelho.
Definitivamente não somos almas feitas para um lindo encontrar.
Eu…
Espelho!
Maldito espelho!
Espelho, espelho meu!
Lágrimas não irão me acalmar.
Quando eu paro diante de um espelho eu me vejo, eu te vejo.
Eu sei!
Eu sei.
Eu preciso parar de olhar.
Por que seremos sempre assim:
Uma sombra branda e uma tarde vazia…
(Daniela Dias)
Grito
(Memórias)
Aaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Socorro!
Socorro?
Só corro!
Só corro?
Só.
Só!
Só?
Aaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Só cor!
Só cor?
Socorro!
Só corro?
Socorro, socorro, socorro!
Soco!
Socorro, socorro, socorro!
(Grita dentro de mim uma menina de seis anos, por medo dos monstros embaixo da cama, em cima do teto, atrás da porta e dentro do armário. Enquanto eu com o corpo ereto e esguio, finjo, sorrio…Preciso urgentemente ser salva de mim mesma. Socorro!)
(Daniela Dias)
Aaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Socorro!
Socorro?
Só corro!
Só corro?
Só.
Só!
Só?
Aaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Só cor!
Só cor?
Socorro!
Só corro?
Socorro, socorro, socorro!
Soco!
Socorro, socorro, socorro!
(Grita dentro de mim uma menina de seis anos, por medo dos monstros embaixo da cama, em cima do teto, atrás da porta e dentro do armário. Enquanto eu com o corpo ereto e esguio, finjo, sorrio…Preciso urgentemente ser salva de mim mesma. Socorro!)
(Daniela Dias)
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
(Roberta Mãe)
- Escrito para Roberta, por que tem muito amor envolvido entre o meu coração e os filhotes dela.
(Roberta Mãe)
Ela é mãe da hora que consegue dormir
até a hora que acorda novamente.
Uma mulher de pulso forte!
Uma maravilhosa mãe valente…
Com filhos lindos!
Sagazes!
Saudáveis!
Meninos cheios de energia e criatividade.
Existe coisa melhor que a maternidade?
Ela é mulher de verdade…
Por que só uma mulher de verdade tem coragem
de aceitar o desafio de ser mãe.
Gerar três bebês, três vidas.
Mãe de verdade!
Mãe em tempo integral.
Só uma mulher de coragem aceita esse desafio,
que não só é um desafio como é também
uma doação de amor incondicional.
Ela é uma mãe sem igual…
Ela é uma mulher de sorte.
Quantas mulheres sonham ter um filho?
Ela por sua vez, tem um, dois, três.
Ser mãe mais de uma vez?
Parece loucura, mas é sensatez…
Ela?
- Mãe.
Eles?
- Três meninos;
Três seres humanos diferentes.
Com vontades, personalidades e sorrisos que
não se podem comparar ou calcular.
Inevitável, não há como não os amar…
Ela é mulher.
Ela é mãe.
Ela é uma das pessoas mais fortes que conheço.
Ela é a mãe do Arthur, do Heitor e do João.
Três pequenos gigantes que contagiam qualquer coração…
Pequenas sementes de amor!
São os filhos dela.
Ela é mulher.
Ela é mãe.
Ela é Roberta…
(Daniela Dias)
(Roberta Mãe)
Ela é mãe da hora que consegue dormir
até a hora que acorda novamente.
Uma mulher de pulso forte!
Uma maravilhosa mãe valente…
Com filhos lindos!
Sagazes!
Saudáveis!
Meninos cheios de energia e criatividade.
Existe coisa melhor que a maternidade?
Ela é mulher de verdade…
Por que só uma mulher de verdade tem coragem
de aceitar o desafio de ser mãe.
Gerar três bebês, três vidas.
Mãe de verdade!
Mãe em tempo integral.
Só uma mulher de coragem aceita esse desafio,
que não só é um desafio como é também
uma doação de amor incondicional.
Ela é uma mãe sem igual…
Ela é uma mulher de sorte.
Quantas mulheres sonham ter um filho?
Ela por sua vez, tem um, dois, três.
Ser mãe mais de uma vez?
Parece loucura, mas é sensatez…
Ela?
- Mãe.
Eles?
- Três meninos;
Três seres humanos diferentes.
Com vontades, personalidades e sorrisos que
não se podem comparar ou calcular.
Inevitável, não há como não os amar…
Ela é mulher.
Ela é mãe.
Ela é uma das pessoas mais fortes que conheço.
Ela é a mãe do Arthur, do Heitor e do João.
Três pequenos gigantes que contagiam qualquer coração…
Pequenas sementes de amor!
São os filhos dela.
Ela é mulher.
Ela é mãe.
Ela é Roberta…
(Daniela Dias)
Dores
(Dores)
Lágrimas não irão me convencer do contrário.
Eu não preciso secar mais nada.
Eu não consigo.
Eu não…
Pedidos de perdão não irão me atravessar.
Eu não quero!
Eu não posso!
Eu não…
Lágrimas não irão me convencer do contrário.
Ando vagando numa canção que tem temperado meu coração sem gosto.
Duzentas vezes eu já ouvi ‘’ O
parto de Velho Scotch’’ .
Acendi a apaguei milhares cigarros na imaginação.
Abarrotei cinzeiros e me vi fora da ilusão.
Então, pare!
Pare!
Lágrimas não irão me convencer do contrário.
Acabaram-se as cotas de perdão…
(Daniela Dias)
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Eu amo galinhas!
(Crônicas da Minha Vida)
Eu amo Galinhas!
Minha vida seria trágica se não fosse
cheia de crônicas.
Hoje eu quero compartilhar meu amor
pelos animais, em especial pelas galinhas.
Ano passado Eddy e eu fomos dar um
passeio La no Parque Pedra da Cebola, e foi lá que algumas de minhas memórias
da infância se reacenderam.
Esta eu lá olhando para aquelas galinhas
maravilhosas do parque quando num passe de mágica veio à tona o que vou descrever
agora.
Quando eu era criança, lá no alto das
escadarias do Morro do Caneco, em Resplendor/MG, eu não tinha brinquedos
maravilhosos que algumas crianças costumavam ter. Mas eu tinha galinhas.
Incríveis e maravilhosas galinhas!
Essa memória da minha relação com as
galinhas voltou há pouco tempo.
E como começou essa relação?
Começou assim:
Volta e meia passava um caminhão com mega
fone gritando:
´’’- Alô, alô Dona Maria, traga seu
ferro velho, sua tampa, panelas velha, alumínio, cobre , tele-sena e troque por
pintinhos!’’
Então por conta desse tal caminhão,
juntávamos este tipo de material para realizarmos a troca, quando o tal
caminhão aparecesse.
E quando ele aparecia a galera do morro
descia igual um fervo pra trocar aquela bagulhada toda por pintinhos, e é claro
que eu e meus primos também íamos.
Minha avó Amélia criava os pintinhos até
eles virarem galos e galinhas e depois os vendia. Então trocar os pintinhos por
ferro velho era uma forma de escambo para manter um pouco da nossa sobrevivência.
No meio dessa história, na minha velha
casa no morro, morávamos todos embolados, meus primos, meus avós paternos,
galinhas, porcos e eu…
Então eu me lembrei disso tudo:
Do quanto brinquei de ser mãe de
galinha, irmã e tudo mais…
Do quanto já tomei banho e dei banho em
galinha ao mesmo tempo.
Banho de sabão de soda, diga-se de
passagem.
O que era na verdade ideia do meu primo
Valdir é claro.
Mas como ele era meu herói, então era
fácil ouvir o que ele dizia sem questionar. Pobres pintinhos, pobres galinhas!
Já pintei unhas das galinhas, coloquei lacinho
no pescoço, já dormi com uma escondida embaixo da coberta. Era mesmo amor! Amor
ingênuo de criança…
Eu conversava com as galinhas e elas
respondiam pó, pó… E eu acreditava piamente que elas me entendiam. Vai ver
entendiam mesmo! Amigos é sério, já dei aulas pra galinhas, já brinquei de ser
professora delas, acho que nunca fui uma criança normal…
Minha avó sempre comemorava os
aniversários da minha prima Valdirene, fazendo uma panelada de galinha cozida
com quiabo e polenta. Mas ela nunca fez
uma pra mim. Quando cresci eu era muito frustrada, me sentia rejeitada pelo
fato da minha avó nunca ter feito uma panelada de galinha no meu aniversário.
Eu achava que ela não gostava de mim por isso.
Dois anos atrás pedi a Eddy para me
presentear com uma panelada de galinha no meu aniversário. Ela me perguntou por
que e eu expliquei. Ela me prometeu que faria. Aposto como faria mesmo. Afinal
ela quer me ver sempre feliz!
Mas depois eu pensei bem e pedi a ela
pra deixar isso pra lá, isso da galinhada de aniversário, por que eu estava me
sentindo invejosa quanto ao fato da minha prima ganhar a tal galinhada e eu
não. Eu tinha mesmo era que ter ganhado da minha avó.
Voltando ao parque Pedra da Cebola,
estava lá eu e Eddy numa tarde agradável enquanto eu me lembrava de tudo isso.
Enquanto isso, galinhas da angola,
galinhas vermelhas, galinhas carijós e galos e pavões, patos e pintinhos
andavam livremente pelo parque colorindo o ambiente, enfeitando o gramado
verde.
Senti uma vontade enorme de chorar, por
ter voltado no tempo e depois ter voltado ali para onde eu estava. Senti
vontade de ser só mais uma vez aquela menina que abraça e conversava com
galinhas.
E foi só daí em diante me dei conta por
que minha avó nunca havia me dado aquela panelada de galinha com quiabo nos
meus aniversários.
Minha avó me amava da mesma maneira que
amava minha prima.
Enquanto estava ali sentada no parque
pensei:
Ela nunca deve ter me dado galinha de
aniversários, por que ela sabia o quanto eu gostava delas. Ela me viu crescer,
ela sabia que amava aquelas galinhas, que eu era amiga dela.
Poxa! Minha avó me amava mesmo.
Respeitava meu amor por elas, por isso
não as matava para mim.
E foi desse dia em diante que parei de
comê-las definitivamente.
Não podia mais.
Não conseguiria mais.
Recuperei minha preciosa memória.
Recuperei meu amor por elas.
Eu amo as galinhas vivas!
E viva o amor!
É como diz a canção do Lulu Santos;
“Consideramos justas todas as formas de
amor… ’
Daniela Dias.
Alerta! Usem Camisinha...
Alerta!
Amigos(as),
Sobre prevenção:
O uso da camisinha é de extrema importância para a prevenção
de DST's (doenças sexualmente transmissíveis).
Até o momento a camisinha tem sido o método mais seguro para que possamos nos manter sexualmente livres e saudáveis.
Também é válido lembrar que além disso, a camisinha também é um método anticonceptivo, ou seja, evita também uma gravidez indesejada.
Então, previnam-se!
Não só neste Carnaval, como no dia a dia e nas rotinas sexuais.
Prevenir será sempre o melhor remédio!
Qualquer dúvida cliquem no link logo abaixo para conferir as estimativas.
http://www.aids.gov.br/pagina/dst-no-brasil
#carnaval #sexo #seguro #use #camisinha #prevenção #saúde
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Tarde na Ilha
(Escrito a partir de uma tarde agradável no Restaurante Teresão na Ilha
das Caieiras.)
Ilha das Caieiras, Vitória/ES - 30 de Janeiro de 2016.
Tarde na Ilha
Eram quatorze horas, o dia estava lindo!
A Ilha irradiava!
Procurávamos um lugar tranqüilo para comer e conversar.
Logo no estacionamento um rapaz nos abordou com muita simpatia
nos convidando a conhecer o restaurante onde trabalhava.
Ficamos na dúvida, eram muitos restaurantes, de qualquer forma
a abordagem e os argumentos eram bons, então fomos até lá.
Restaurante Teresão;
Chegando lá o ambiente era mesmo agradável, o que nos faltava era ter a
certeza no paladar.
E lá veio ela com um andar calmo nos atender.
Era a garçonete.
E vou te contar, ela tinha uma aura brilhante!
Coisa de gente cheia de paz…
Garçonete;
Ela sorriu com um sorriso bem grande.
Nos cumprimentou, ajudou escolher um bom lugar no restaurante e
ofereceu o cardápio.
Recomendou os melhores pratos da casa enquanto sorria e movia a caneta
e o bloco de pedidos sem pressa.
Ela era paciente, qualidade difícil nos dias atuais.
Enquanto aguardava escolhermos o pedido, ela conversava, movia o corpo
com leveza
entre o pedido e a conversa.
- Pura calma…
Pedido;
Eddy demorou pra escolher, enquanto isso eu que já sabia o que queria,
conversava com a garçonete.
Ela me comovia com sua confiança na cozinheira da casa, que a propósito
ela não se cansava de elogiar.
Eu podia escolher qualquer prato a partir das palavras convincentes
dela.
Principalmente por que eu notava sua confiança na cozinheira.
- Eu poderia comer qualquer coisa dali com os olhos fechados…
Ela;
Por fim escolhemos uma, duas, três casquinhas de siri, batatas fritas e
outras gordices.
Na verdade, tínhamos mais vontade de conversar com ela do que comer,
tamanha era sua doçura e serenidade.
Gentileza, simplicidade e pequenos olhos castanhos de cílios grandes a
descrevem bem.
Lábios carnudos, voz calma, corpo robusto, brilho na alma.
Ela nos serviu, indiciou a mariscada da casa para uma próxima oportunidade,
o que realmente acontecerá em breve…
Realmente a cozinheira merecia todos os elogios e a confiança.
Depois que pagamos a conta, na despedida perguntei o nome dela.
(Emily)
Emily respondeu ela sorrindo novamente.
E já são uma hora da manhã e cá estou seu, escrevendo sobre a tarde
agradável do dia 30 de Janeiro, no Restaurante Teresão, onde comi pratos
inesquecíveis, a melhor casquinha de siri da minha vida, servidos com todo
carinho e atenção por Emily.
A garçonete mais doce que tive o
prazer e a honra de ser atendida nos últimos tempos.
Emily.
Assim feito ela, seu nome é poesia.
Emily simplicidade!
Emily alegria.
Emily!
Á poesia…
‘’E assim terminou nossa tarde na Ilha;
Paz, comida e poesia…’’
(Daniela Dias)
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